Crise

Boris Johnson renuncia e deixará cargo de primeiro-ministro do Reino Unido

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
07/07/2022 às 09:09.
Atualizado em 07/07/2022 às 09:28
Premiê deve permanecer à frente do governo até a escolha do sucessor. Anúncio ocorre em meio a rebelião no Partido Conservador após escândalo sexual envolvendo aliado. (Reprodução/TV Globo)

Premiê deve permanecer à frente do governo até a escolha do sucessor. Anúncio ocorre em meio a rebelião no Partido Conservador após escândalo sexual envolvendo aliado. (Reprodução/TV Globo)

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou, nesta quinta-feira (7), sua renúncia à liderança do Partido Conservador. Com isso, o partido terá de fazer uma eleição interna para escolher um novo líder e, consequentemente, um novo primeiro-ministro.

"Está clara agora a vontade do partido conservador que haja um novo líder desse partido e, portanto, um novo primeiro-ministro", disse ele em discurso.

"Eu concordei com Sir Graham Brady, líder dos parlamentares, que o processo de escolha desse novo líder deveria começar agora e o cronograma será anunciado na próxima semana", disse. "E hoje eu nomeei um Gabinete para servir, como farei, até que um novo líder esteja no lugar", afirmou Johnson, que permanecerá no cargo até a escolha do novo premiê.

Crise

Conforme agências internacionais, o anúncio da saída do primeiro-ministro britânico ocorre após uma intensa crise no governo que fez com que mais de 50 membros, entre ministros, secretários e auxiliares, deixassem seus postos alegando "falta de confiança" em sua gestão.

Esse momento ruim foi desencadeado após apresentar desculpas, por várias vezes, ao admitir que cometeu um "erro" por ter nomeado para um cargo parlamentar importante Chris Pincher, um conservador que renunciou na semana passada e reconheceu ter apalpado, quando estava embriagado, dois homens, incluindo um deputado, em um clube privado do centro de Londres.

Tentou ficar

Boris Johnson, perante o parlamento, disse na quarta-feira (6) que não pretendia renunciar ao cargo. "É exatamente o momento em que se espera que um governo continue com seu trabalho, não que renuncie", disse ao citar momentos difíceis na economia e a guerra na Ucrânia.

Boris Johnson sobreviveu ao voto de desconfiança movido pelo partido no mês passado em decorrência do processo do "partygate", que avaliou festas em Downing Street, sede do poder britânico, durante o lockdown nacional pela Covid-19. Por isso, Boris Johnson estava imune a um novo voto de desconfiança por mais um ano. Entretanto, ele decidiu sair.

  

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