GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Brasileira segue entre os desaparecidos após ataque do Hamas em Israel

Karla Stelzer reside no país há mais de dez anos e estava no festival de música eletrônica

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
10/10/2023 às 15:41.
Atualizado em 10/10/2023 às 15:46
Karla estava com o namorado israelense, que também está desaparecido (Reprodução / Redes Sociais)

Karla estava com o namorado israelense, que também está desaparecido (Reprodução / Redes Sociais)

Após confirmar duas mortes, vítimas do ataque do Hamas a um festival de música eletrônica em Israel, próximo à Faixa de Gaza, o Itamaraty informou que há ainda uma terceira brasileira desaparecida. Trata-se da carioca Karla Stelzer, de 41 anos, que vive em Israel há mais de dez anos.

De acordo com informações de amigos, Karla estava com o namorado no festival e havia enviado mensagens aos familiares no começo do ataque terrorista do Hamas, no último sábado (7). O companheiro de Karla, que está com ela há seis anos, também segue desaparecido.

A festa foi interrompida durante o ataque e deixou mais de 260 pessoas mortas, segundo as autoridades israelenses. Dentre elas dois brasileiros já confirmados, Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer.

A família da brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, confirmou, nas redes sociais, que a estudante foi morta durante a série de ataques que o grupo Hamas deflagrou contra o território palestino no último sábado (7).

“Minha neném virou uma estrelinha no universo”, escreveu uma das irmãs de Bruna, Florica Valeanu, no Facebook, na manhã desta terça-feira (10).

Bruna teve a morte confirmada por familiares (Bruna Valeanu / Arquivo Pessoal)

Bruna teve a morte confirmada por familiares (Bruna Valeanu / Arquivo Pessoal)

Bruna estava desaparecida desde sábado. Seu corpo foi identificado pelas autoridades israelenses entre as vítimas do ataque do Hamas a um festival de música eletrônica que acontecia no sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza. 

Mais cedo, o Itamaraty já tinha confirmado a morte de outro brasileiro Ranani Nidejelski Glazer. Gaúcho, Glazer tinha 24 anos e também estava no mesmo festival de música onde Bruna foi assassinada.

Glazer vivia em Israel há 7 anos e prestou serviço militar no país (Reprodução / Redes Sociais)

Glazer vivia em Israel há 7 anos e prestou serviço militar no país (Reprodução / Redes Sociais)

Na nota em que confirmou o óbito de Glazer, o Itamaraty solidarizou-se com a família e amigos do rapaz e classificou o ataque do Hamas ao território israelense como um atentado, destacando que o governo brasileiro repudia “a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.”

Outro jovem brasileiro, Rafael Zimerman, foi ao festival musical com Glazer e a namorada de Glazer, Rafaela Treistman. Em entrevista à CNN Brasil, Zimerman contou que vários participantes do evento buscaram um abrigo antiaéreo ao perceber que o território israelense estava sendo atingido por mísseis. 

Segundo ele, entre 40 e 50 pessoas, incluindo Glazer, estavam reunidas no bunker quando militantes do Hamas chegaram, disparando e lançando granadas e bombas de gás. Na confusão, os amigos se separaram. Ferido, Zimerman foi encontrado horas depois, desacordado. Ele só veio a saber que Glazer estava desaparecido após receber os primeiros socorros, no hospital.

*Com informações da Agência Brasil

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