Projeto de Lei

Estudantes poderão ter aula para diferenciar notícia jornalística de fake news

Agência Câmara de Notícias
Publicado em 07/02/2023 às 19:00.

O Projeto de Lei 11/23, que está em análise na Câmara dos Deputados, quer incluir nos currículos escolares o tema da “alfabetização midiática e combate à desinformação”, para que os jovens possam diferenciar conteúdo jornalístico relevante de textos de opinião.

Apresentado pelo deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), o texto inclui a medida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). “Sabe-se que, quanto menor é o nível de escolaridade, maior é a capacidade das fake news de exercer o convencimento e de influenciar a população-alvo”, afirmou o parlamentar.

Ele citou um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo o qual, no Brasil, 67% dos estudantes de 15 anos – quase sete a cada 10 – não diferenciam, em leitura de textos, fatos de opiniões. “A OCDE afirma que as tecnologias digitais são responsáveis por uma maior disseminação da informação, com variedade de formatos que nem sempre se encaixam em modelos tradicionais”, acrescentou.

“Diante dessa constatação, é imprescindível que aos estudantes brasileiros sejam oferecidos, nas grades curriculares do ensino formal, os meios para que possam distinguir um tipo de texto do outro e adquiram a capacidade de identificar e classificar as mensagens recebidas”, conclui o deputado.

Outras propostas
Na Câmara já estão em análise algumas propostas sobre o tema, como o Projeto de Lei 2985/22, da ex-deputada Marília Arraes (PE), que inclui a educação midiática como tema transversal nos currículos da educação básica, e o Projeto de Lei 5597/20, do deputado Carlos Veras (PT-PE), que inclui, nos currículos do Ensino Fundamental, conteúdos sobre a influência das mídias digitais na sociedade.

As propostas tramitam apensadas ao Projeto de Lei 3380/15, do Senado, em conjunto com mais de 50 outras.  O texto substitutivo às propostas, já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, inclui, na grade do Ensino Médio, a obrigatoriedade da oferta de língua espanhola, entre outros pontos, mas não trata da educação midiática. Agora o projeto será analisado pelo plenário da Câmara.

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