Nesta quarta-feira (2), a Netflix estreia o documentário criminal O Golpista do Tinder, e o protagonista, Simon Leviev, está sendo processado em milhões de dólares pela verdadeira família Leviev, produtora de diamantes, cujo sobrenome foi tomado pelo golpista.

Em documentos judiciais obtidos pela revista americana People, o magnata uzbeque-israelense Lev Leviev e sua família entraram com uma ação contra Shimon Hayut, mais conhecido como Simon Leviev, por supostamente se passar por eles e enriquecer de forma ilegal usando o sobrenome.

O processo, aberto em Tel Aviv, Israel, citado pela revista, afirma que “há muito tempo, ele (Simon Leviev) vem fazendo falsas declarações de ser filho de Lev Leviev e recebendo inúmeros benefícios (incluindo materiais)”.

O documentário da Netflix mostra que Hayut mudou seu nome e afirmou no aplicativo de namoro Tinder ser filho do magnata dos diamantes.

Usando a identidade falsa, ele seduzia mulheres e as persuadia a emprestar dinheiro. Ele chegou a roubar cerca de US$ 10 milhões (R$ 56 milhões) de vítimas de todo o mundo.

Embora tenha sido condenado por fraude, roubo e falsificação e sentenciado a 15 meses de prisão em dezembro de 2019, ele foi libertado após apenas cinco meses.

Os documentos divulgados pela People afirmam que Hayut “fraudou, enganou, falsificou e machucou mulheres, homens e empresas” em todo o mundo.

“O réu usou o aplicativo de namoro Tinder para localizar mulheres que foram, então, manipuladas emocionalmente por ele (...) Foram convencidas a transferir grandes somas de dinheiro para ele sob o pretexto de ajudá-lo a fugir de pessoas que tinham a intenção de machucá-lo”, diz trecho do processo revelado pela revista americana.

O advogado que representa a família Leviev, Guy Ophir, disse à People que o processo na Justiça é apenas o começo de uma série de ações que a empresa está preparando contra o acusado. “Na próxima fase, entraremos com uma ação financeira contra Hayut e qualquer outra afiliada que trabalhou com ele, incluindo alguns sites que têm joint ventures com Hayut e/ou se ofereceram para comprar participações especiais dele”, comenta o advogado.

Shimon Hayut foi procurado e não respondeu à revista sobre o processo e não está claro se ele contratou um advogado para defendê-lo.

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