Presidente do STF

Julgamento sobre aborto não será pautado no curto prazo, diz Barroso

Para ministro, debate da questão ainda não está amadurecido no país

Agência Brasil
20/12/2023 às 20:41.
Atualizado em 20/12/2023 às 20:45
Barroso afirmou que o dia 1º de abril de 1964 tratou-se “inequivocamente" de um golpe que levou o Brasil a 21 anos de ditadura (Fabio Rodrigues Pozzebom / Arquivo Agência Brasil)

Barroso afirmou que o dia 1º de abril de 1964 tratou-se “inequivocamente" de um golpe que levou o Brasil a 21 anos de ditadura (Fabio Rodrigues Pozzebom / Arquivo Agência Brasil)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (20) que não deve pautar o julgamento sobre a descriminalização do aborto em curto prazo. Segundo o ministro, o debate sobre a questão ainda não está amadurecido no país para ser retomado pela Corte. 

Em setembro deste ano, o julgamento foi suspenso após a ministra Rosa Weber votar a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. 

"Não pretendo pautar em curto prazo. Vou pautar em algum momento, mas não pretendo pautar em curto prazo porque acho que o debate não está amadurecido na sociedade brasileira, e as pessoas ainda não têm a exata consciência do que está sendo discutido", afirmou.

No entendimento de Barroso, a sociedade pode ter opinião contrária ou a favor ao aborto, mas, segundo ele, nenhum país desenvolvido do mundo criminaliza o aborto.

"Ninguém acha que o aborto é uma coisa boa. O Estado deve evitar o aborto. A discussão que se coloca é saber se a mulher que teve o infortúnio de fazer o aborto deve ser presa, que é consequência da criminalização", afirmou.

Reforma tributária
Barroso também elogiou a promulgação da Reforma Tributária e disse que a medida terá impacto sobre o Judiciário brasileiro.

"Tenho expectativa de que ela possa diminuir a litigiosidade tributária Brasil, que traz muita imprevisibilidade para as contas do governo e para as contas das empresas", afirmou.

A partir de hoje (20), Barroso está responsável pelo plantão de liminares na Corte. O recesso dos ministros começou ontem (19) e vai até 1° de fevereiro de 2024.

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