Fernando Sastre Filho

Motorista de Porsche é denunciado por homicídio doloso qualificado

Pena de reclusão pode variar entre 12 e 30 anos

Agência Brasil
29/04/2024 às 16:40.
Atualizado em 03/05/2024 às 15:46
Acidente resultou na morte de um motorista de aplicativo e em ferimentos graves em um estudante de medicina que estava no banco do passageiro do Porsche (Reprodução / redes sociais)

Acidente resultou na morte de um motorista de aplicativo e em ferimentos graves em um estudante de medicina que estava no banco do passageiro do Porsche (Reprodução / redes sociais)

O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta segunda-feira (29), à Justiça o empresário condutor do carro de luxo Porsche que provocou um grave acidente em São Paulo no mês passado, matando um motorista de aplicativo. Um estudante de medicina, que estava no banco do passageiro do carro de luxo, ficou ferido no acidente.

O motorista do Porsche foi denunciado pelos crimes de homicídio doloso qualificado, com pena de reclusão que pode variar entre 12 e 30 anos, além de lesão corporal gravíssima, que pode elevar a pena total em até um sexto.

Na semana passada, o inquérito policial foi concluído solicitando a prisão preventiva do empresário. Ele foi indiciado por homicídio por dolo eventual, lesão corporal e fuga do local do acidente. A mãe dele também foi indiciada por fuga do local do acidente. Na denúncia encaminhada hoje a Justiça, a promotora Monique Ratton se manifestou a favor da decretação da prisão preventiva para evitar que o denunciado influencie as testemunhas.

O acidente ocorreu no dia 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo. Segundo as investigações, o carro estava em alta velocidade antes de bater em um Reanult Sandero. As investigações apontaram também que, minutos antes, o empresário estava com o amigo carona e as namoradas dos dois rapazes em um restaurante e uma casa de jogos onde teriam consumido bebida alcoólica.

No momento do acidente não foi possível fazer o teste de bafômetro, porque a mãe do motorista do Porsche, foi ao local do acidente e tirou o filho do lá, com autorização da Polícia Militar que já estava presente, alegando que ia levá-lo ao hospital. Segundo o Ministério Público, o empresário só se apresentou à autoridade policial 36 horas depois da colisão.

Para a promotora do caso, o motorista do Porsche assumiu o risco pelo acidente ao ter dirigido sob influência de bebida e em uma velocidade superior a 150 km/h.

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