Tragédia

Sobe para 78 o número de mortos por causa das chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
16/02/2022 às 19:08.
Atualizado em 16/02/2022 às 19:26

Subiu para 78 o número de mortos por causa das chuvas em Petrópolis (RJ). A informação foi anunciada nesta quarta-feira (16) pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que confirmou o resgate de 21 pessoas com vida. Não há estimativa de desaparecidos.

De acordo com a Defesa Civil Nacional, 372 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. Foram 89 áreas atingidas e 26 deslizamentos contabilizados. O órgão também informou que a chuva dessa terça-feira (15) foi a pior em Petrópolis desde 1932. Em um intervalo de duas horas, foi registrado 240 mm de precipitação – equivale a 240 litros de água ocupando um metro quadrado.

Em coletiva realizada nesta quarta, Cláudio Castro afirmou que a prioridade é resgatar as vítimas, limpar as vias e garantir o reabastecimento dos serviços essenciais.

Operação de guerra 
Durante a coletiva, o governador detalhou a complexidade das operações para socorrer as vítimas e colocar a cidade em ordem. Segundo ele, 910 agentes públicos trabalham em conjunto, sendo 200 Policiais Civis, 210 Policiais Militares e 500 Bombeiros Militares.

Os trabalhos utilizam ainda nove helicópteros e 190 equipamentos do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. A corporação montou também um hospital de campanha com 10 leitos.

A Secretaria de Estado de Saúde do RJ também está colaborando com Petrópolis, fornecendo medicamentos e vacinas antitetânicas.

Mais cedo, o governador anunciou como medidas de emergência a contratação de duas mil pessoas para recuperação das vias, ampliação do efetivo dos bombeiros para assegurar a chegada de máquinas e equipamentos e centralização do reconhecimento de vítimas pela Polícia Civil.

Castro garantiu que todos os esforços do Estado estão voltados para ajudar as vítimas de Petrópolis e diminuir os estragos causados pelas chuvas. "A gente sabe da dificuldade financeira do município, mas o governo vai entrar com o que for necessário. Não será por falta de recurso que vamos deixar de fazer as obras necessárias", prometeu.

Ainda na coletiva, o prefeito da cidade da região serrana do RJ, Rubens Bomtempo (PSB), disse que, graças ao trabalho conjunto, foi possível atender rapidamente as vítimas. "Em 24h, foi possível promover uma integração entre o governo do Estado, Prefeitura, Defesas Civil do Estado e do município para realizar os trabalhos. É um dia muito difícil, mas vamos ampliar nossa resposta pra tentar devolver a normalidade ao nosso município", concluiu. 

O prefeito afirmou ainda que não é possível saber a dimensão da devastação no município, nem de vítimas desaparecidas.

Amparo às vítimas
O governador Cláudio Castro informou que o Colégio Estadual Rui Barbosa está sendo utilizado como abrigo, ponto de apoio e de coleta de doações de alimentos e água para os desabrigados. Na instituição de ensino é possível ainda fazer o cadastro dos moradores que perderam as casas e receber atendimento psicológico.

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