"Uma aventura não recomendável", comentou Jair Bolsonaro (PL) sobre o desaparecimento de um jornalista do periódico britânico The Guardian, Dom Phillips, e do indigenista e servidor da Funai, Bruno Araújo Pereira, que sumiram no último domingo (5), no Vale do Javari, extremo oeste da Amazônia, próximo à fronteira do Brasil com o Peru. As declarações do presidente foram dadas durante entrevista ao SBT.
"É uma aventura que não é recomendável que se faça. Tudo pode acontecer. Pode ser um acidente, pode ser que tenham sido executados... Tudo pode acontecer. A gente espera e pede a Deus que sejam encontrados brevemente. As Forças Armadas estão trabalhando com muito afinco na região", disse o presidente.
Oficialmente, o governo se manifestou por meio do palácio do Itamaraty. "O governo brasileiro seguirá acompanhando as buscas com o zelo que o caso demanda e envidando os esforços necessários para encontrar prontamente o profissional da imprensa britânica e o servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai). Na hipótese de o desaparecimento ter sido causado por atividade criminosa, todas as providências serão tomadas para levar os perpetradores à Justiça", acrescentou a diplomacia brasileira.
As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Federal (PF), que informou já ter realizado incursões em rios da região onde houve os desaparecimentos. "Das diligências efetuadas foi possível identificar duas pessoas que tiveram contato com os desaparecidos, as quais foram encaminhadas à Polícia Civil de Atalaia do Norte para prestar esclarecimentos", acrescentou a PF, ao informar que, até o momento, ninguém foi preso.
As buscas foram retomadas com o apoio da Marinha visando novas incursões no rio, com o apoio de um helicóptero.
O caso teve repercussão internacional e o jornal The Guardian, ao qual o jornalista era vinculado, se manifestou em nota. "O Guardian está muito preocupado e busca urgentemente informações sobre o paradeiro e a condição de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e com as autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível", afirmou a publicação.
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