Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (30), a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que não acredita que o surto de varíola dos macacos, que está se espalhando pelo mundo, se transformará em pandemia.
Desde 13 de maio, pelo menos 257 casos da doença rara foram confirmados em 23 países onde o vírus não é endêmico – principalmente na Europa e na América do Norte – e 120 são suspeitos. Até agora, nenhuma morte foi relatada nesses locais.
A doença normalmente não é encontrada fora da África central e ocidental, o que levantou temores de transmissão comunitária. Isso porque, conforme a OMS, no momento, não há ligação clara entre os casos relatados e viagens a países endêmicos.
“No momento, não estamos preocupados com uma pandemia global”, comentou a médica Rosamund Lewis, diretora-técnica da OMS para a varíola, no comunicado da entidade da ONU.
A especialista recomenda que as pessoas devem ficar afastadas de pessoas infectadas, mas caso seja cuidadora de paciente com varíola dos macacos, evitar contato pele a pele, lavar as mãos regularmente, usar máscara e limpar superfícies contaminadas.
A doença geralmente está gerando casos leves, com sintomas que incluem febre, dor de cabeça, fadiga, dores musculares, dores nas costas e linfonodos inchados. Pacientes podem desenvolver erupção cutânea e lesões que geralmente começam na face e extremidades antes de se espalhar para o resto do corpo. Os sintomas geralmente duram de duas a quatro semanas antes de sumirem por conta própria.
É importante dizer que a varíola dos macacos é transmitida dos animais (especialmente roedores) para os humanos por meio de mordida, arranhão ou pelo consumo de carne crua infectada. Já entre as pessoas, a transmissão ocorre com abraços, toques ou contato pessoal prolongado, bem como por roupas ou lençóis de pacientes.
“A varíola é muito diferente da Covid-19. Não queremos que as pessoas entrem em pânico ou tenham medo e talvez pensem que é igual à Covid ou pior. A varíola dos macacos não é como a Covid-19. É um vírus diferente; é uma doença diferente”, afirmou a médica Sylvie Briand, diretora de preparação e prevenção de epidemias e pandemias da OMS, também no comunicado desta segunda (30).
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