“Já estou calejado”, confessa, em tom bem humorado. Ele já perdeu as contas de quantas vezes deixou o Independência vaiado. “A paciência com os atletas que vêm da base é sempre menor”, completa o lateral-direito Marcos Rocha.

Depois de ser contestado em boa parte da temporada e de estrear em 2013 com um gol contra, justo na derrota por 2 a 1, no primeiro clássico do ano, contra o Cruzeiro, o jogador agora é um dos principais responsáveis por fazer o Atlético praticamente garantir o bicampeonato estadual.

Hoje, vive ainda a expectativa de ser convocado pelo técnico Luiz Felipe Scolari para defender a Seleção na Copa das Confederações.

As últimas apresentações fizeram a Massa trocar os xingamentos pelos aplausos. Marcos Rocha teve atuação destacada na goleada de 4 a 1 sobre o São Paulo, que colocou o Galo nas quartas da Libertadores.

Domingo, contra o Cruzeiro, nasceu dos seus pés a jogada do primeiro gol. Aos 34 do segundo tempo, decretou os 3 a 0.

Na comemoração, ajoelhou no gramado para agradecer a Deus, recebeu o abraço do amigo Bernard e se emocionou. Mais do que a alegria de poder ajudar seu time, as últimas apresentações tiraram um peso das costas.

“Às vezes, a torcida fica brava porque queria que eu defendesse ou atacasse mais, mas eles não entendem que estou apenas cumprindo uma função tática. Mas já estou calejado. Preciso de sabedoria para superar essas situações”, diz.

“O Cuca sempre me passou confiança. Às vezes, ele pega no meu pé porque fico chateado com as vaias, mas logo passa. Ele tem me ajudado muito para tentar fazer o meu melhor”, explica o atleta, de 24 anos, nascido e criado em Sete Lagoas. Foi na terra natal que ele aproveitou a folga. A namorada, Gabriela e os amigos de infância foram as companhias.

Depois de comemorar o gol com Bernard, Marcos Rocha se virou para as cadeiras na tentativa de homenagear a amada. “Procurei por ela, mas estava muito cheio e não consegui achar”, relembra.

Após a partida, a comemoração foi na festa de aniversário de Diego Tardelli, autor do segundo gol, em uma boate da capital. 

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