Após três ônibus serem incendiados em Sarzedo, na tarde desta segunda-feira (13), a cidade da região metropolitana teve a segurança reforçada. De acordo com tenente Rocha Alves, do 48º Batalhão da Polícia Militar, dez viaturas de Belo Horizonte e Contagem foram enviadas para auxiliar no trabalho de policiamento, especialmente porque foram registradas outras três tentativas frustradas de incêndio entre segunda e terça-feira.
O reforço foi necessário para que houvesse escolta de ônibus que saem do terminal metropolitano de Sarzedo. Além disso, a polícia está patrulhando com maior intensidade os bairros onde houve indícios de toque de recolher imposto por traficantes.
“Pouco tempo após os ataques, prendemos nove pessoas: três por atearem fogo nos ônibus, dois por estarem impondo o toque de recolher e quatro por tráfico de drogas”, afirma o tenente, acrescentando que o reforço na segurança se extende à cidade vizinha de Mário Campos. “Os ônibus queimados teriam sido uma resposta do tráfico por causa de grandes apreensões de drogas que foram feitas nos últimos dias”.
Prejuízo
Além de Sarzedo, também há casos de ônibus incendiados em Belo Horizonte, Vespasiano, Contagem e Betim. Desde o início do ano, teriam sido queimados 17 veículos, sendo dez na capital e sete na região metropolitana.
Segundo o gerente de operações do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros Metropolitano (Sintram), Marcos da Costa Negraes, este é o momento mais crítico vivenciado pelo setor nos últimos anos. Para repor cada ônibus incendiado, a empresa deve desembolsar de R$ 350 mil a R$ 400 mil. Um ônibus novo leva de três a seis meses para ser entregue pela fabricante. Em 2016, foram incendiados 13 veículos na região metropolitana.
“É um prejuízo enorme para as empresas e para os usuários do sistema, porque sofrem com o problema no transporte e porque, muitas vezes, perdem seus pertences ao sair do ônibus às pressas. Também é um prejuízo para os trabalhadores, porque os motoristas ficam apavorados e chegam a ficar dias ou meses licenciados por causa do medo”, explica Negraes. De acordo com ele, as empresas não costumam pagar seguro pelos ônibus de transporte público.
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Confira quais ônibus do sistema metropolitano foram incendiados em 2017:
26 de janeiro: Linha 3347 (Igarapé-Betim), em Betim
12 de fevereiro: Linha 4115 (Maria Adélia-Estação São Gabriel), em Belo Horizonte
13 de janeiro: Linha 5600 (São Cosme/Estação Morro Alto), em Vespasiano
13 de janeiro: Linha 3711 (Sarzedo/Anchieta), em Sarzedo
13 de janeiro: Linha 3787 (Conceição do Itaguá/ BH), em Sarzedo
13 de janeiro: Linha 7470 (São Caetano/ BH), em Sarzedo
13 de janeiro: Rio Negro (fretado), em Sarzedo