Época mais fria do ano traz riscos à saúde ocular; cuidados podem barrar alergias e inflamações

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
30/06/2018 às 19:14.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:07
 (Divulgação)

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Clima seco com poucas chuvas e temperaturas mais amenas. Na estação mais fria do ano, um órgão do corpo requer cuidado especial: o olho. As condições típicas do inverno favorecem complicações como conjuntivite e alergias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 57 milhões de brasileiros tenham algum tipo de alergia. Em mais da metade dos casos, ela se manifesta na região ocular.

No tempo seco, as ocorrências são mais frequentes, sobretudo, por conta da maior presença no ar de substâncias conhecidas como alérgenos – capazes de desencadear as reações alérgicas. 

“Vírus, ácaros e bactérias circulam mais nesta época. A concentração de poluentes também aumenta, prejudicando a sensibilidade. A baixa umidade resseca a região, causando a síndrome do olho seco”, diz a oftalmologista Ariadna Borges Muniz, diretora da Fundação Hilton Rocha, na região Centro-Sul da capital mineira.

Em uma situação simples, os principais sintomas são a vermelhidão e a sensação de areia na vista. “Na maioria dos casos, eles desaparecem em até dez dias sem que seja necessário qualquer tipo de tratamento”, frisa a especialista.

Porém, um alerta. A alergia pode se complicar e exigir cuidados nem tão simples. O quadro chega a atrapalhar as atividades do doente.

A atenção deve ser redobrada quando há muita ardência e coceira. Os sinais indicam que a pessoa está com conjuntivite. “A enfermidade pode ter várias causas, inclusive bacteriana e viral. Mas ela também pode ser alérgica e, nesse caso, não é transmissível, mas pede maiores cuidados”, orienta Sérgio Felberg, do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Prevenção

Como o período é propício para alergias, os médicos recomendam evitar ambientes muito secos e favoráveis à proliferação de poeiras e ácaros. “Pode-se optar por não usar o ar-condicionado e preferir o umidificador de ambientes, reduzir o uso de computadores e aparelhos eletrônicos e fazer intervalos de 15 a cada 40 minutos quando estiver lendo, para que o olho se reidrate”, explica Felberg.

Quando os sintomas não desaparecem naturalmente, o ideal é procurar um especialista. Segundo os médicos, duas dicas são imprescindíveis para ajudar no tratamento das complicações. 

“Nunca coce, pois isso pode fazer com que alergia piore. E, ao contrário do que as pessoas costumam dizer, lavar os olhos com soro, água boricada ou colírio nunca é o indicado por um oftalmologista. Deve ser usada água mineral gelada com o auxílio de gaze ou de algodão”, adverte o membro do CBO.

 

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