Órgãos do governo se reúnem para minimizar problemas causados pelas chuvas

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
19/12/2016 às 14:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:08

Criado na semana passada, o Grupo Estratégico de Resposta teve nesta segunda-feira (19) a primeira reunião para definir como serão as ações coordenadas entre órgãos e entidades estaduais para resolver questões referentes ao período chuvoso. A ideia é realizar um monitoramento dos problemas e do volume de chuvas para regionalizar as ações. 

Criado pelo decreto 655, o Grupo Estratégico terá ações comandadas pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), e conta com representantes das secretarias Geral de Governo, Fazenda, Saúde, Trabalho e Desenvolvimento Social, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Transportes e Obras Públicas, além de integrantes do Depaertamento de Edificações Estradas de Rodagem (DEER), Cemig, Copasa, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Instituto Mineiro de Gestão de Águas.

De acordo com o tenente-coronel Juliano Cançado Dias, esses órgãos e entidades já trabalhavam de forma integrada anteriormente, mas o Grupo Estratégico de Resposta permitirá um refinamento de todas as ações, otimizando o trabalho de prevenção de desastres e atendimento humanitário. “A proposta é que os órgãos do Estado estejam mais prontos (para resolver problemas) e que estejam monitorando todos os eventos em Minas Gerais em virtude deste período chuvoso”, afirmou.

Cançado explicou ainda que a prevenção de desastres tem sido uma preocupação do Governo, tanto que lançou há alguns meses o programa Minas Mais Resiliente, que teve o objetivo de levar para os municípios mais atingidos pelas chuvas nos últimos anos o conhecimento da Defesa Civil. Em 2016, foram capacitadas cerca de 700 pessoas sobre ações de contenções de desastres. Foram investidos R$ 40 milhões para o programa, no período entre 2016 e 2017. 

“O programa vem fomentando os municipios a criarem coordenadorias municipais de Defesa Civil e realizou capacitação de pessoas”, disse o tenente-coronel. “Se chove em um município, a intervenção inicial tem que ser do município, porque a Cedec não está lá no momento para interagir com a população e os demais órgãos públicos”. 

Preparação

Uma das ações é a preparação para dar assistência às vítimas. No Estado, estão 15 depósitos com materiais de assistência humanitária e um processo licitatório está em curso para que uma empresa seja responsável pela entrega de materiais às vítimas em caso de desastres. 

O tenente-coronel reforça também que o trabalho de prevenção não depende apenas do poder público, mas também de todos os cidadãos. “Se a população não tiver percepção do risco de determinados locais, que podem ser alagados ou de uma residência que pode desmoronar, se não tiver um sentimento de pertencer ao sistema civil e se autoproteger, de nada vai adiantar o poder público fazer a sua parte”, disse Cançado, reforçando que o grande número de lixo nas ruas é um dos motivos para enchentes nas grandes cidades. 

Até o momento, dez municípios em Minas Gerais decretaram Situação de Emergência. Desde o início das fortes chuvas, em novembro, 14 pessoas morreram no Estado e outras duas estão desaparecidas. 

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