37 pessoas são presas suspeitas de incendiar ônibus na capital e Grande BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
20/02/2017 às 19:05.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:38

37 pessoas já foram presas em Belo Horizonte e Região Metropolitana suspeitas de participar da onda de ataques a coletivos neste ano. As prisões são resultado das operações realizadas pela Polícia Militar e que estão sendo intensificadas. As estratégias de combate a esse crime foram apresentadas nesta segunda-feira (20), durante uma reunião entre o Comando de Policiamento da Capital e representantes dos Sindicatos dos Rodoviários de BH, de Contagem e de Betim. 

No encontro, os policiais reforçaram a importância do trabalho em conjunto para a identificação dos suspeitos. Na última quinta-feira, a PM já havia se reunido com representantes dos Sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e Metropolitana (Sintram), quando também apresentou um plano de ação. Na ocasião, o major Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da Polícia Militar (PM), afirmou que havia escolta na maioria das linhas de ônibus, principlamente nas mais afetadas pelos incêndios. Além de abordagens no interior dos coletivos e blitz na tentativa de identificar suspeitos. 

Ainda segundo o major, com a proximidade do carnaval, a preocupação também é garantir a segurança dos foliões que vão usar o transporte coletivo. Por isso, o policiamento iria ser reforçado nos locais de maior aglomeração. Para isso, a PM vai utilizar o efetivo administrativo das unidades e da academia para aumentar a segurança.

Os donos de postos de combustíveis também foram orientados a não vender gasolina em recipientes como garrafas ou sacos plásticos, uma forma de dificultar a aquisição e uso desses produtos pelos criminosos durante os ataques. 

Nos cálculos do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), em 49 dias, o número de veículos queimados chega a 12, sendo o maior registro desde a vigência do atual contrato. No último sábado (18), mais um coletivo de BH foi incendiado. Dessa vez, no bairro São Gabriel, região Nordeste da capital. O ônibus da linha 3502 (Ouro Preto/São Gabriel).

A destruição sistemática de ônibus por atos de vandalismo cometidos por criminosos poderá ter reflexos no cálculo futuro das tarifas praticadas na capital mineira, segundo afirma o Setra-BH. Conforme o sindicato, os atos de vandalismo prejudicam os usuários das linhas com a redução forçada temporária de veículos em circulação. Um veículo queimado ou depredado deixa de atender, em média, a cerca de 500 usuários por dia útil. Os atos de vandalismo também oneram o sistema de transporte coletivo e sua operação, ao reduzir a capacidade de reinvestimento dos consórcios, que não possuem seguro contra ações dessa natureza.

Um ônibus convencional queimado significa, além do prejuízo de R$ 360 mil, um veículo a menos na linha por tempo não inferior a 150 dias ou a sua substituição temporária por outro veículo da reserva.

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