Ações brecam avanço dos casos de febre amarela em Minas Gerais

Hoje em Dia
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07/04/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:02

Há mais de 15 dias, o número de notificações de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais estabilizou em 1.124 registros, conforme o último boletim epidemiológico, publicado na quarta-feira.

A redução dos registros da doença vem ocorrendo desde a primeira quinzena de fevereiro e o último caso confirmado, até o momento, teve início dos sintomas em 14 de março de 2017. 

O bloqueio da febre amarela em Minas, em várias frentes, desde o surgimento dos primeiros casos, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e determinada por Fernando Pimentel, é uma das razões que explicam a estabilização das notificações de novos casos, segundo o governo do Estado. 

De acordo com o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said, a atuação conjunta do Estado e municípios foi fundamental para a diminuição dos casos.

“A diminuição do número de notificações se deve principalmente às atividades de prevenção e controle realizadas pelo estado em conjunto com os municípios, através da vacinação, controle vetorial, além da vigilância e investigação dos casos humanos e epizootias, as mortes dos macacos”, explica.

Intensificação

Em janeiro de 2017, municípios das regiões de Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Governador Valadares registraram casos de febre hemorrágica aguda, um dos sintomas que mostra probabilidade para febre amarela. 

A partir daí, a SES-MG começou a desenvolver diversas ações para o controle, enfrentamento e prevenção da doença. Entre as principais atividades, estava a intensificação vacinal casa a casa nas áreas com registros de casos ou de mortes de macacos. 

Ao todo, em 2017 já foram distribuídos 7,5 milhões de doses de vacinas contra febre amarela em todo o estado, 3,4 milhões somente no mês de janeiro

“A distribuição das vacinas segue constante, dentro da capacidade de entrega pelo Ministério da Saúde e da capacidade de armazenamento e administração das doses pelas equipes de saúde dos municípios”, afirma Deise Aparecida dos Santos, Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG.

Atendimento

Além da vacinação, o governo de Minas realizou uma série de ações para controle da doença e atendimento dos pacientes. Foi definido um novo fluxo de atendimento em hospitais de referência para a doença, com a abertura de novos leitos e organização da rede assistencial. Juntamente com as vacinas, foram enviados medicamentos como soro, paracetamol e dipirona para os municípios com maior número de casos e hospitais de referência.

Campanha publicitária e redes sociais divulgam informações sobre a enfermidade

Dividida em duas etapas, a campanha publicitária contra a febre amarela desenvolvida pela SES-MG priorizou, em um primeiro momento, as regiões de áreas endêmicas do leste do Estado com cartazes, cartilhas e anúncios de rádio, como forma de alertar a população sobre a importância de se vacinar pelo SUS, principalmente para quem mora ou vai viajar para área rural, de mata ou silvestre, locais onde há a possibilidade maior de se contrair a doença.Reprodução Internet / N/A

Hotsite foi criado para auxiliar a divulgação de informações

Logo em seguida, foi lançada a campanha em todo o Estado, informando que a vacina contra a febre amarela faz parte do calendário nacional de vacinação do SUS. Além disso, todo o material da campanha orienta a população a atualizar o cartão de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de informar a importância de se proteger contra a Febre Amarela, principalmente para quem vai se deslocar para áreas endêmicas.

Fontes

Também foi criado um hotsite especial (saude.mg.gov.br/febreamarela) que reúne várias informações sobre a doença, bem como as ações da SES-MG e os Informes Epidemiológicos são publicados com periodicidade. 

Nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), a Secretaria de Estado de Saúde vem publicando uma série de postagens informativas esclarecendo dúvidas sobre a doença, a vacina e a importância de se preservar a vida dos macacos na natureza, que funcionam como uma espécie de “sentinela”, auxiliando os agentes de saúde a identificar os possíveis focos da febre amarela em determinada região.

Além disso, mais de 99 mil cartazes e 480 mil cartilhas foram enviadas para ações de mobilização junto à população das regiões prioritárias, numa parceria com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. 

Também foram realizados capacitações e seminários em diversos municípios sobre ações de enfrentamento da doença, incluindo a participação de profissionais de saúde dos 51 municípios que pertencem à Regional de Saúde de Governador Valadares.

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