(Núcleo de Crimes Ambientais/MPMG)
O abastecimento de água em Santo Antonio do Grama, na região da Zona da Mata, onde um mineroduto se rompeu, já está normal, segundo informações da Copasa, divulgadas nesta quinta-feira (15).
A Estação de Tratamento de Água (ETA) está em operação desde o início da manhã. Mas por prevenção, caminhões-pipa continuam na cidade, caso ocorra algum problema pontual, de acordo com a Copasa.
O fornecimento de água foi retomado ainda nessa quarta (14), de forma gradativa, graças à captação alternativa no córrego do Salgado, a 600 metros da ETA. Uma adutora definitiva no subsolo do curso d’água está sendo construída e a previsão de término da obra é sexta-feira (16). A construção da adutora foi uma decisão que teve a aprovação da prefeitura, da Copasa e da mineradora Anglo American.
Em relação a Rio Casca, distante a 18,8 km de Santo Antonio do Grama, a captação e a distribuição da água seguem normalizadas. A Copasa informa que a água distribuída à população está dentro dos padrões de potabilidade, de acordo com a legislação pertinente.
O acidente
O acidente ocorreu na última segunda-feira (12). Após o rompimento, 300 toneladas de polpa de minério vazaram. Segundo a mineradora, o material não possui substâncias químicas ou tóxicas, sendo classificado como resíduo não perigoso.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) ainda avaliam o ocorrido e, até o momento, não há decisão sobre penalidades. O Ministério Público Federal instaurou inquérito para apurar o caso.
Já o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou na terça-feira ação civil pública contra a Anglo American, pedindo a adoção de medidas emergenciais. O órgão quer o bloqueio de R$ 10 milhões da mineradora para garantir a reparação e indenização dos danos causados pelo acidente.
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