Abrigo: conforto e amparo nas casas de repouso em Minas

Michelle Maia - Do Hoje em Dia
24/07/2012 às 08:11.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:47
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Em busca de uma vida confortável, com segurança e equilibrada, aliada à convivência com pessoas da mesma idade, idosos e suas famílias recorrem a casas de repouso, resorts e repúblicas feitas especialmente para eles. E como a clientela está cada dia mais exigente, os donos desses espaços investem em requinte e comodidade.

De acordo com a psicóloga Ana Paula Dias, coordenadora do curso da maturidade do UNI-BH, esta é uma fase preciosa da vida, na qual se tem mais oportunidade de aproveitar o tempo e o dinheiro com independência. “É preciso aproveitar a autonomia, como, por exemplo, entrar em uma universidade, viajar, fazer atividades físicas, intelectuais e artísticas. E é também o momento para decidir se morar sozinho é a melhor opção”.

Para a psicóloga, não existe limite de idade para decidir o rumo da própria vida. “O idoso possui condições cognitivas para tomar decisões, a não ser que ele tenha algum tipo de doença (demência) que comprometa essa capacidade”.

A segurança e o conforto oferecidos em uma casa de repouso na Pampulha foram decisivos para que o aposentado Luiz de Oliveira, de 85 anos, se mudasse para lá após a morte da esposa, há dois anos. “Eu tenho cinco filhos. Quis dar segurança e tranquilidade a eles. Eu tenho toda a assistência que preciso e muitos amigos. Aqui, faço o que gosto, pratico muita ginástica e alongamentos”, afirma.

Cheia de vaidade e de lucidez, Neusa Paes Gonçalves, de 80 anos, mora na casa de repouso há apenas três meses e não pensa em sair mais de lá. “Eu morava sozinha, fazia minhas coisas e agora tenho tudo na mão. A qualidade de vida é bem melhor. Se eu quero um cafezinho, tenho. Fiz novos amigos e brinco muito com as crianças que vêm aqui. E melhor ainda: agora eu moro pertinho da minha filha e recebo a visita dela pelo menos duas vezes na semana”, conta.

Muitas vezes, a falta de tempo dos filhos, devido às responsabilidades rotineiras, impede maior dedicação ao idoso. No entanto, a psicóloga Ana Paula Dias aconselha o convívio familiar.

A proprietária da Casa de Idosos, Janaina Pinheiro Barbosa, diz que há uma procura grande pelo espaço. “As casas de repouso têm uma série de atividades. Não há lugar para a monotonia. Muitos ficavam em casa sem sair, só assistindo TV”. Mas para ter acesso a esse conforto, é preciso desembolsar até R$ 3.600 por mês.

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