(Arquivo/Hoje em Dia)
Os acidentes causados por animais soltos nas rodovias federais provocaram a morte de seis pessoas neste ano em Minas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou aumento de 11% deste tipo de ocorrência. De janeiro até 18 de junho deste ano foram 271 acidentes com animais, a maioria envolvendo cavalos, bois e vacas. Um dos acidentes com morte aconteceu em março na BR-356, quando um motociclista foi atingido por um cavalo. Com a batida, a moto saiu da pista, na entrada de Itabirito, na Região Central do estado.
O número de feridos aumentou 87,%, passando de 16 para 30 neste ano. O choque de animais com motos e automóveis feriu levemente 35 pessoas e no ano passado e neste ano este número chegou a 71, um acréscimo de 102,8%.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no ano passado os acidentes envolvendo animais provocaram a morte de uma pessoa.
“A maioria dos acidentes acontece na área rural dos municípios, onde é comum as pessoas criarem gado em terrenos localizados às margens das rodovias”, explicou Adilson Souza, assessor de imprensa da PRF em Minas Gerais. Segundo ele, uma das dificuldades da polícia no caso é identificar o proprietário do animal para que ele seja responsabilizado criminalmente. Além de poder responder por tentativa de homicídio, o dono poderá ser obrigado a pagar as despesas de conserto do veículo danificado.
Adilson Souza informou ainda que os policiais rodoviários enfrentam dificuldades para conseguir um espaço para abrigar os animais soltos. “As prefeituras da Região Metropolitana de Belo Horizonte têm estrutura para transportar cavalos e o gado, mas no interior nem sempre há um veículo para prestar este serviço”, afirmou Adilson Souza.
A BR-381, que liga Minas ao Estado de São Paulo, é a campeã de acidentes envolvendo animais soltos nas rodovias. Foram 52 neste ano, mesmo número do ano passado. A maioria das ocorrências acontece entre Belo Horizonte e João Monlevade, onde estão localizadas as propriedades rurais.
“Quem teve algum prejuízo com o acidente deve registrar a ocorrência policial e pegar o recibo de todas as despesas, inclusive com as despesas de transporte e tratamento médico”, aconselhou o advogado Enir Lemos, especialistas na área criminal.