Acusados de chacina no São Geraldo começam a ser julgados

Hoje em Dia
22/07/2014 às 15:26.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:28
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

O julgamento dos dois acusados de participar da chacina que resultou em três mortes e deixou dois feridos em uma casa de show no bairro São Geraldo, região Leste de Belo Horizonte, começou na tarde desta terça-feira (22). A sessão, presidida pelo juiz Ronaldo Vasques, ocorre no I Tribunal do Júri da capital e teve início às 14h50. O julgamento começou com a presença de apenas um dos réus, já que o outro estava sendo escoltado de Ribeirão das Neves, onde está preso.   Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Luciano Beiral de Oliveira e Jean Paulo Santos, juntamente com outros dois comparsas, entraram no bar Viola Encantada atirando com a intenção de matar a Vitor Leonardo dos Santos, que disputava com eles o tráfico de drogas no bairro Boa Vista. Eles acertaram o rival com diversos disparos e atingiram também outras vítimas que estavam dentro e nas imediações do estabelecimento. No local, cerca de 200 pessoas assistiam a um show de pagode. Após os disparos de submetralhadora e de pistola automática, as pessoas correram apavoradas, tentando se refugiar no chão, no banheiro ou saindo do bar.   Ainda de acordo com a denúncia, os réus e seus companheiros foram para o bar em duas motocicletas, pois sabiam que Vitor estava no estabelecimento comercial. A rivalidade se acentuou porque a vítima havia assassinado o irmão de um dos réus, que também já havia matado outros comparsas da gangue rival.   Para a promotora Patrícia Estrela, representante do MPE, Jean deu cobertura do lado de fora e Luciano foi o mandante do crime. Os réus respondem pelos crimes de triplo homicídio, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa, e tentativa de duplo homicídio.   Um dos executores dos assassinatos, Peter Gomes de Moura, foi julgado em novembro do ano passado em Belo Horizonte, já que seu processo foi desmembrado. Ele foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão em regime inicialmente fechado. Em fase de apelação, a promotora Patrícia Estrela elevou a pena de Peter para 72 anos de prisão. O quarto envolvido no crime já faleceu.

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