Adolescentes descobrem vocação para a música em projeto do TJMG

Hoje em Dia
11/12/2015 às 20:13.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:18
 (Carlos Henrique/Hoje em Dia)

(Carlos Henrique/Hoje em Dia)

Aos 18 anos, Gislene de Paula Souza descobre o prazer da arte. Quatro vezes na semana tem aula gratuita de violino e ainda dá monitoria para alunos que querem aprender o instrumento. Quem a vê manuseando os cordões e o arco com tanta facilidade nem imagina que, até pouco tempo, a atividade estava distante da realidade da garota. Órfã de pai e mãe, ela vive com três irmãs no bairro Mantiqueira e sequer sonhava ter talento para a música. Hoje, porém, tem uma ousada perspectiva para o futuro: “Sonho em trabalhar em uma orquestra. Tocar é terapia, sou feliz com o violino na mão”.

Esse novo horizonte só foi possível de ser traçado por causa de trabalho do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que, há quatro anos, abriu um coral e uma orquestra infantojuvenil. O projeto cultural atende, sobretudo, a menores de instituições de acolhimento e de comunidades carentes, dando a eles a chance de desenvolver habilidades artísticas que nem sabiam ter.

O resultado desse esforço poderá ser visto, neste sábado (12), na cantata de Natal realizada na escadaria do Palácio da Justiça, na avenida Afonso Pena, 1.420. Às 19h30, 190 crianças e adolescentes se apresentam gratuitamente ao público.

Realização de Sonhos

No meio do grupo, estará Fernanda Borges, de 18 anos. “Eu só sabia tocar violão porque aprendi vendo vídeos na internet. Queria muito aprender outro instrumento mas não falava com ninguém porque sabia que a aula era muito cara”. No início de 2015, quando foi aceita na iniciativa, realizou o sonho de estudar violoncelo.

“Esse projeto mudou tudo na minha vida, até mesmo minhas ambições. Agora penso em me capacitar até conseguir entrar em uma faculdade de música. Quero viver disso”.

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