Adutoras estouram e deixam moradores de Governador Valadares sem água

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
01/04/2013 às 15:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:26

GOVERNADOR VALADARES – A falta de água comprometeu o feriadão de Páscoa e revoltou moradores de 15 bairros de Governador Valadares, no Leste do Estado. O desabastecimento foi provocado pelo estouro de duas adutoras, uma delas responsável pela região central, deixando sem água hospitais, presídios, hotéis e instituições. Eles foram abastecidos com caminhões pipa e o conserto permanente esbarra na falta de peças já que a tubulação é antiga. A previsão é que o problema só seja resolvido domingo (7).  Mas para que a população não fique sem água até lá, medidas paliativas foram tomadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) na madrugada desta segunda-feira (1°). Mesmo assim, segundo o diretor do órgão, Omir Quintino, a normalização só deve acontecer em 48 horas e, por isso, alguns bairros também receberiam caminhões pipa. “Não fizemos isso antes porque não tínhamos caminhões suficientes”, justificou. Agora ao invés de quatro, são oito caminhões à disposição a população.   Segundo Quintino, as duas adutoras estouraram na sequência, uma no bairro Carapina e a outra no Centro, na sexta-feira (29). O reparo da primeira foi feito com peças do estoque, mas como a segunda tem mais de 50 anos e está fora dos padrões, as peças foram encomendadas. Enquanto o material não chega, a adutora foi envelopada com borracha. Embora sem previsão, um novo desabastecimento não está descartado. “Mas se isso acontecer, vamos avisar a população”.   A cidade tem 150 quilômetros de redes antigas, de ferro fundido ou amianto, que precisam ser trocadas. “Pedimos recursos ao Ministério das Cidades e se conseguirmos, faremos a troca”, disse Quintino. A obra está orçada em R$ 15 milhões.   Na tarde desta segunda, as torneiras da casa de Amanda dos Santos, de 24 anos, no bairro SIR, ainda estavam sem água. Ela tem três filhos, sendo a caçula com um ano de idade. “Não tem água nem para lavar a mamadeira. Pelo visto vai ser mais um dia que vamos passar a pão e sem banho”, disse. Os vizinhos que viajaram no feriado e tem água armazenada socorrem os demais, mas a água é guardada para matar a sede. “E a conta vai chegar esse mês com 26% de reajuste. Um absurdo”, reclama Regina Souza, de 45.

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