Renan Nabak, aluno do 5º período do curso de medicina da UFMG, foi o mais votado do Brasil e conquistou uma vaga para participar da Elsevier Hacks, um evento tradicional na área de tecnologia e Medicina, promovida pela editora de livros de saúde, Elsevier. O evento reúne estudantes de todo o mundo das áreas de medicina, design e programação para, numa maratona de 48 horas, desenvolverem soluções para os desafios da educação médica.

"Fiquei muito animado! Estou muito feliz pelo fato das pessoas se importarem sabe? Pelo carinho delas em votar, torcer por mim, me senti querido pelos meus amigos", comemora Renan.

Quando soube do evento por um amigo, Renan viu ali uma grande chance de aprendizado. "Eu quis me inscrever pois vi uma oportunidade diferente de poder contribuir e mudar um pouco o ensino médico, que ainda é muito tradicionalista e fechado. Além disso, é um evento da Elsevier, a maior editora de medicina do mundo, ou seja, seria uma grande honra participar".

Para conseguir uma vaga, o candidato deveria passar por uma votação popular, que teve início no dia 15 de junho pela internet. Apenas um estudante de cada país teria chance de conquistar a vaga.

O estudante conta que a importância de participar do Elsevier Hacks é enorme. "Primeiro que será um ótimo trecho para meu currículo, que já é algo relevante na graduação para conseguir iniciação científica, ligas acadêmicas e até mesmo residência médica".

Para Renan, o evento também é uma oportunidade de ajudar as pessoas. "Gosto de ajudar as pessoas e vejo nesse evento uma forma de poder melhorar um pouco nosso ensino médico, isso parece besteira mas qualquer coisa que alivie esses seis anos da nossa vida é muito importante! Eu compreendo que não é algo revolucionário nem grande, mas as mudanças vêm de cada coisa simples que fazemos com o nosso melhor, e minha ideia é dar meu melhor nesse evento e representar a Medicina da UFMG", conta.

Sobre o Elsevier Hacks

"O evento se baseia principalmente em unir a tecnologia e a medicina e o principal meio seria construir uma plataforma para isso. Minha ideia original é criar alguma plataforma que conseguisse facilitar a comunicação entre professores do ciclo básico e do ciclo clínico de forma mais organizada e fácil, além de mostrar para alunos e professores uma correlação entre as matérias dadas", conta Renan.

Essa necessidade se faz, segundo o estudante, porque perde-se tempo tentando, sozinhos, fazer essa correlação, porque as matérias fragmentadas ficam muito menos interessantes. "É comum ouvir que o ciclo básico é o período chato da faculdade), porque facilita o aprendizado, porque facilita o professor a dar a aula, porque quanto melhor o ensino médico mais a chance de termos bons médicos, os alunos conseguiriam absorver melhor a matéria, entre outros benefícios", comenta.

O sistema facilitaria, ainda, uma visão mais ampla e completa do conteúdo durante o curso, pelos estudantes. “Há matérias que são dividas em sistemas de órgãos, mas cada professor ordena de uma forma. Quando estamos vendo cardiovascular em Anatomia Patológica, por exemplo, em Pediatria ou Imagem estamos vendo outro sistema, como o respiratório”, ilustra o estudante. Para Renan, o um bom ensino de Medicina é fundamental para a formação de bons médicos.

Confira o vídeo de agradecimento feito pelo Renan: 

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