A partir desta terça-feira (18), as nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte vão contar com a presença fixa de Guardas Municipais. A medida é uma resposta às denúncias de violências sofridas por funcionários, principlamente da UPA Nordeste, que realizaram uma manifestação pela manhã em frente à unidade, no bairro São Paulo.
Para chamar atenção das autoridades e exigir reforço na segurança, médicos, enfermeiros e outros profissionais da UPA decidiram cruzar os braços parcialmente nesta terça. Os pacientes passam pela triagem, mas os casos que não são considerados muito grave estão ficando sem atendimento. O ato está previsto para durar até 19 horas.
Segundo o Sindicatos dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), pelo menos cinco médicos teriam sido agredidos na UPA Nordeste nas últimas duas semanas. Outros servidores também foram alvos de agressões físicas e verbais.
A SMSA informou que "monitora de forma frequente a situação nas unidades de saúde em que há relatos de violência e trabalha para atender as demandas da população e trabalhadores. As solicitações feitas pela comunidade e trabalhadores são avaliadas pela gestão, juntamente com o Conselho Local de Saúde", esclareceu em nota.
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Violência
A segurança teria sido comprometida em 2016, após a retirada de porteiros e dos funcionários do serviço “Posso Ajudar?”. Na época, o argumento da prefeitura foi a necessidade de cortar custos. No entanto, a situação piorou a partir de janeiro deste ano. Guardas municipais também teriam deixado os postos de saúde e as UPAs.
A assessoria da Guarda Municipal informou que após reunião com representantes dos médicos da UPA Nordeste, na semana passada, ficou acordado que serão intensificadas as rondas nas imediações da unidade. Além disso, o local passou a servir de base para uma viatura da Guarda Municipal.
Segundo o órgão, atualmente, 90 postos contam com agentes, em dias alternados. “Toda a rede tem sua segurança garantida com patrulhamento preventivo motorizado”, informa nota enviada.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que monitora “de forma frequente” a situação nas unidades em que há relatos de violência e trabalha para atender as demandas da população e trabalhadores”.
* Com informações Bruno Moreno