Após ser destruído em rebelião, presídio de Valadares passa por reforma

Hoje em Dia
30/07/2015 às 15:17.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:09
 (Leonardo Morais/Hoje em Dia)

(Leonardo Morais/Hoje em Dia)

Interditado desde 7 de junho, após rebelião que terminou com dois mortos, o presídio de Governador Valadares, na região Leste de Minas, está sendo recuperado. As obras, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), tiveram inicío nesta semana.   A unidade prisional foi destruída no motim provocado pelos detentos, que atearam fogo na edificação. Por causa dos danos, quase todos os  detentos foram levados para cadeias de outras cidades da região, como Aimorés (160 kms), Resplendor (140 kms), Itanhomi (70 kms) e Tarumirim (80 kms).   Conforme a Seds, as intervenções no presídio ocorrem em ação conjunta com o Departamento Estadual de Obras Públicas (Deop), vinculado à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), e estão sendo executadas pela Brascoemp Brasil Construções e Empreendimentos Ltda   A estimativa é de que as celas sejam recuperadas em aproximadamente 180 dias e custe R$ 2,5 milhões aos cofres públicos. No entanto, a conclusão da reforma do setor administrativo, mais atingido na rebelião, dependerá de relatório técnico sobre a parte estrutural, que avaliará se haverá necessidade de demolir alguma edificação específica da unidade para que seja reconstruída.   Balanço   De acordo com a Seds, 28 presos permaneceram na unidade, alojados na única cela que não foi danificada. Desses detentos, 18 cumprem pena no regime semiaberto e têm contrato de trabalho externo em vigor. Os outros dez são do regime fechado e ajudaram na limpeza da penitenciária depois da rebelião, retirando os entulhos que ficaram. Agora, eles se juntaram aos 30 operários da Brascoemp para fazer a reforma.    Segundo a direção do presídio, não há mais nenhum detento ferido na rebelião hospitalizado.    Violência   Durante a rebelião, cinco presos foram jogados do telhado do presídio. As vítimas estavam em celas destinadas a estupradores e filhos de policiais.  O motim começou na manhã do dia 6 de junho, durante a visita de parentes. Segundo a Seds, a unidade tinha capacidade para acautelar 290 presos, mas abrigava 800.

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