Apesar da chuva, fiéis acompanham a Procissão da Ressurreição em Ouro Preto

Danilo Emerich - Hoje em Dia
31/03/2013 às 13:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:25

A chuva incomodou, mas não impediu que os tapetes devocionais da tradicional Procissão da Ressurreição encantassem moradores e turistas no Domingo de Páscoa (31), no Centro Histórico de Ouro Preto, na região Central do Estado. Após uma missa, o cortejo religioso, acompanhado por 137 participantes caracterizados de personagens bíblicos, partiu da Igreja São Francisco de Assis, passou pela Praça Tiradentes e seguiu até a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, onde encerrou com outra celebração ecumênica. O trajeto é de aproximadamente dois quilômetros.   Cerca de 10 mil pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo acompanharam a cerimônia realizada nas primeiras horas deste domingo. Entre elas estava a família francesa de Fabrice e Aline Verchere, ambos de 30 anos, e o filho de 4 anos, que ficaram impressionados com a beleza dos tapetes. “É mágico. As cerimônias são famosas, vimos em um encarte cultural e viemos conferir”, disseram.   Já o funcionário público Gleisson Rubin, de 39 anos, veio de Brasília, com sua família, para acompanhar as cerimônias religiosas da Semana Santa na antiga capital de Minas Gerais. “Não há nada como isso em Brasília. Fico feliz com a dedicação das pessoas para manter o costume”, afirmou ao lado de sua filha Anna Beatriz.   Tradição   Para os cristãos, a confecção dos tapetes devocionais recorda a chegada de Jesus Cristo à Jerusalém. Em Ouro Preto, a tradição remete ao século XVIII, mais só em 1733, com a reinauguração da matriz do Pilar, a festividade ficou conhecida como Triunfo Eucarístico.    Antes, a decoração era feita apenas com flores e ramos. Agora, os ornamentos são produzidos pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), entidade ligada à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, com o apoio da prefeitura.    Como em todo ano, a montagem é feita a partir da noite de Sábado de Aleluia e avança na madrugada de domingo. As imagens nos tapetes iam desde símbolos e mensagens religiosos, desenhos abstratos até declarações de amor como: “Eu te amo Ana”. “Desde criança participo da confecção. É muito gratificante manter a tradição. A chuva fraca até ajudou a compactar o desenho”, afirmou o comerciante e artista plástico Wanderley Ângelo Mendes, de 45 anos.

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