Arquidiocese planeja retirada dos quadros de Portinari da Igrejinha da Pampulha

Liziane Lopes e Ana Cláudia Ulhôa
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/02/2017 às 18:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:40

Com a recomendação de retirada dos quadros de Portinari da Igrejinha da Pampulha por causa de infiltrações e com a previsão de obras na capela no fim deste ano, está cada vez mais curto o prazo para a Arquidiocese de Belo Horizonte definir a data e a forma de transferência das telas.

A coordenadora do Inventário do Patrimônio Cultural da Aquidiocese, Mônica Fonseca, esclareceu que antes dessa definição ainda é preciso escolher a empresa de transporte, o local de armazenamento das obras e quem vai restaurar as peças. Segundo ela, já estão sendo encomendados orçamentos desse trabalho de transporte. Mas ainda haverá negociações para que seja acertado um preço adequado. 

Quanto ao local de armazenamento, ela destacou que ele precisa ser escolhido com cuidado para evitar futuros problemas. "E depois vem o processo de quem vai fazer a restauração. Pensamos no Cecor, que é o Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais da UFMG, altamente capacitado para isso, mas agora isso tem que ser discutido com eles", explicou a corrdenadora. 

Ainda conforme a coordenadora, após a restauração, a telas vão ser guardadas e eventualmente participar de algum tipo de exposição, mas a ideia é mantê-las seguras até que possam finalmente voltar para a Igrejinha. "Por enquanto, elas (as peças) permanecem na igreja até a definição das datas (de retirada). Mas vai ser por pouco tempo", afirma. 

Histórico 

A discussão sobre as obras começou há cerca de dois meses quando infiltrações foram detectadas na construção. Na ocasião, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e Prefeitura de Belo Horizonte realizaram uma análise da capela quando foram informados da situação.

O resultado apontou que três obras já haviam sido afetadas pela água da chuva que escorre do forro da igreja. Por isso, um laudo sugeriu a retirada de 14 telas da capela. O documento foi entregue diretamente ao arcebispo da capital, Dom Walmor.

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