Assassino confesso de traficante é condenado a seis anos de prisão em BH

Hoje em Dia*
02/09/2014 às 16:36.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:03
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

Foi condenado a seis anos de prisão o ajudante de bombeiro hidráulico Diego Marques Moreira, de 21 anos, acusado de matar Raphael Henrique Zerlotini Gomes, de 22 anos, na porta do Fórum Lafayette em novembro de 2013. A sessão começou às 9h30 da manhã desta terça-feira (2) e durou mais de três horas, no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. O júri foi presidido pelo juiz Alexandre Bandeira, tendo a acusação ficado a cargo do promotor de justiça Francisco de Assis Santiago. A defesa foi realizada pelos defensores públicos Aender Braga e Marcelo de Oliveira. As testemunhas de acusação e de defesa foram dispensadas antes de serem ouvidas.    Durante o julgamento, o réu confessou o crime mais uma vez, já que, em juízo e no dia da sua prisão, tinha assumido a autoria dos tiros que matou Gomes. Segundo o inquérito, no dia do crime, a vítima saiu de uma audiência no Fórum Lafayette e entrou em um táxi com a sua mãe e mais duas pessoas. O réu se aproximou do táxi e disparou cinco tiros em direção a Gomes, que saiu do carro, atravessou a rua, mas caiu no canteiro central da avenida Augusto de Lima. O réu foi preso em flagrante.   No Tribunal do Júri, Moreira confessou a autoria do crime sob a alegação de que Gomes havia ameaçado de morte a sua mãe, seus irmãos e a ele próprio. Moreira ainda acusou Gomes ter tido envolvimento com o tráfico de drogas. O réu reafirmou também que não é usuário de drogas e que não integrava nenhuma gangue.   O promotor pediu a condenação do réu por homicídio simples, com pena que varia de seis a 20 anos, retirando a acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe (vingança) e recurso que dificultava a defesa da vítima (surpresa).   O defensor público Aender Braga sustentou a argumentação da promotoria e destacou que o acusado tinha boa conduta, era réu primário e não tinha antecedentes criminais. Ele confirmou que a vítima era traficante de drogas e poderia ter participado de outros cinco homicídios. O defensor disse ainda que as qualificadoras não se sustentavam, já que o crime não aconteceu por vingança e não houve surpresa que dificultasse a defesa para quem lida com o mundo das drogas. Segundo ele, a vítima sabia que poderia sofrer um ataque a qualquer momento.   O réu foi condenado e vai continuar preso. A defesa argumentou que não vai recorrer da decisão do júri popular.   *Com TJMG)

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