Audiência pública discute morte de morador de Ouro Preto em abordagem policial

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
20/09/2017 às 18:19.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:39
 (ALMG/Divulgação)

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Uma audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira (20),  discutiu a morte do jovem Igor Arcanjo Mendes, de 20 anos, durante uma abordagem policial na cidade de Ouro Preto, na região Central de Minas. 

Familiares e amigos acusaram um tenente da Polícia Militar de ter assassinado o rapaz na última sexta-feira (15). “Ele foi colocado baleado em um camburão, sem que o Samu sequer fosse acionado. Disseram que tinha droga no carro, mas só afirmaram isso várias horas depois. As testemunhas estão com medo”, afirmou a irmã da vítima, Nayara Mendes.

Os deputados autores do requerimento que motivou o debate, Thiago Cota (PMDB) e Rogério Correia (PT), se disseram sensibilizados com o fato e exigiram celeridade nas investigações. “Estamos prestando solidariedade à família. Temos que fazer um balanço da atuação da PM em Ouro Preto”, destacou Rogério Correia.

O comandante da 3ª Região da PM, coronel Eucles Honorato Júnior, reconheceu que o fato é triste e teve um desfecho indesejado. Ele salientou que a corporação está adotando todas as providências que o caso requer, seguindo a legislação vigente.

De acordo com o comandante, a cena do crime foi preservada, a apreensão e a perícia da arma foram feitas e o inquérito policial foi prontamente instaurado. “Determinamos que a Corregedoria faça a investigação. Está tudo sendo tratado com isenção e transparência. O tenente envolvido na abordagem foi afastado das suas funções operacionais”, completou.

O Ministério Público designou também três promotores para acompanhar as investigações.

Já o representante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Biel Rocha, também disse que providências serão tomadas. “O que aconteceu em Ouro Preto foi uma execução, e o Igor não será só mais um número nessa estatística”, garantiu.

O deputado Coronel Piccinini (PSB) fez uma defesa do tenente acusado. Ele disse que o servidor tem experiência e o treinamento necessário para o trabalho policial. “Ele não saiu de casa para matar ninguém, e sim para proteger e socorrer. Mais que isso, está amparado pela legítima defesa legal. A apuração deve ser rigorosa, mas o julgamento não deve ser antecipado”, disse.

* Fonte: ALMG

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