Aulas nas Umeis de Belo Horizonte podem durar até janeiro de 2019

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
14/06/2018 às 20:01.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:36
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

Professores da educação infantil de BH pretendem usar os recessos escolares, previstos em calendário letivo, para repor os 52 dias em que a categoria ficou de braços cruzados. A greve, iniciada em 23 de abril e encerrada ontem, foi a maior já feita por esses profissionais na capital.

Além de algumas semanas em julho e dezembro, as aulas nas Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) poderão se estender até 2019. Parte das férias escolares de janeiro e sábados e feriados deverá ser afetada, exceto o recesso de outubro. As atividades serão retomadas hoje.

Também nesta sexta-feira, às 14h, representantes dos professores se reúnem com a Secretaria Municipal de Educação (Smed) para propor um esquema de compensação, que não precisa ser seguido à risca por todas as instituições. 

“Deixamos claro, na mesa de negociação, que um calendário até 28 de dezembro não atende aos 34% dos profissionais que ficaram parados. Muitas escolas não pretendem usar o recesso de outubro”, explicou Tatiane Ferreira, membro do comando de greve.

Cada direção de Umei utilizará a decisão aprovada para elaborar o próprio cronograma. Porém, o plano precisa ser autorizado pela Smed. As unidades deverão entregar o documento até o dia 22. 

A data, inclusive, faz parte de um acordo da prefeitura com os servidores. Os vencimentos descontados na folha de pagamento por causa da paralisação só serão pagos aos professores se o prazo for cumprido.

Alívio

Ontem, após a assembleia que definiu o fim da greve, os dois lados comemoraram.

O prefeito Alexandre Kalil ressaltou a vitória da categoria, que exigia equiparação salarial com os educadores do ensino fundamental. “A carreira está valorizada de um jeito que a prefeitura pode pagar”.

O Executivo propôs aumentar a quantidade de níveis da tabela de vencimentos de 15 para 22 – dois a menos que a dos demais professores –, além de se comprometer em reduzir a diferença de rendimentos das duas categorias até o fim de 2020.

Ficou acertado também que no próximo concurso, previsto para este ano, será exigida formação superior em pedagogia ou normal superior.

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