Bairro Prado, em Belo Horizonte, ganha as cores da folia

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
15/01/2018 às 20:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:46
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Conhecido por boêmios e amantes de espetinhos, o Prado, na zona Oeste de BH, abriga mais uma opção cultural para quem procura uma divertida programação no sábado e no domingo. Agora, o bairro também é ponto de encontro de ensaios abertos de blocos de Carnaval, que se organizam com os foliões para fazer bonito durante os desfiles oficiais no próximo mês. 

Só no último fim de semana, pelo menos seis blocos se apresentaram em galpões, casas de shows e bares do Prado. Para se ter uma ideia, no domingo a rua Diabase foi completamente fechada por batuqueiros e foliões durante o ensaio do Beiço do Wando. 

Organizador do bloco, Guilherme Lopes, de 30 anos, explica que a região é propícia para esse tipo de programação. “É um bairro que concentra muitas pessoas que gostam de bares e restaurantes. Existe um público que frequenta o local”.

Ao ficar sabendo do ensaio, a moradora Helen Martins de Souza, de 50 anos, não titubeou e levou o marido e a filha para a preparação. “É ótimo termos os blocos por aqui, pois animam o bairro, movimentam as ruas e o comércio. É uma opção de lazer para crianças e famílias”, disse.

no Núcleo de Estudos de Cultura Popular (Necup), na avenida Nossa Senhora de Fátima, e na A Fábrica, na Tereza Cristina

De todo canto

Os ensaios não ficaram restritos ao público local. Eles também levaram para a área foliões que não estavam acostumados a frequentar o Prado, como a analista de sistemas Fernanda Diniz, de 41 anos. Fã do Beiço do Wando, ela se surpreendeu. “É fácil de chegar (no bairro) e meus amigos adoraram”.

Ruas fechadas

Nem todos os moradores, porém, receberam a novidade com entusiasmo. A empresária Letízia Boaventura, de 46 anos, acredita que as festas deixaram o Prado desorganizado. “O problema não é o Carnaval, mas achei um pouco bagunçado. O pessoal na rua tomou o espaço todo. A via tinha que ser fechada para garantir segurança a pedestres, motoristas e a quem participa do bloco”.

Guilherme Lopes admite não ter comunicado o ensaio à BHTrans, uma vez que a apresentação aconteceu dentro de uma espeteria. “Esperávamos cerca de 1.500 pessoas, que é o público que cabe no lugar. Mas quem não conseguiu entrar acabou curtindo a festa na rua”, alega.

Nas áreas onde os eventos são relatados com antecedência, a empresa que gerencia o transporte e o trânsito na capital garante realizar o planejamento da segurança.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por