BH, Contagem e Moc aparecem no ranking das 20 com melhores serviços de esgoto

Fernando Zuba - Do Hoje em Dia
17/08/2012 às 11:00.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:32
 (Carlos Roberto)

(Carlos Roberto)

Dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil indicam que apenas 46% da população das cem maiores cidades do país têm o esgoto coletado. Do volume total, somente 36,28% são tratados, ou seja, quase oito bilhões de litros de dejetos são lançados todos os dias nos cursos d’água, sem nenhum tratamento. É como jogar 3.200 piscinas olímpicas de impurezas, por dia, na natureza.

Apesar de os números serem preocupantes, o levantamento aponta que cinco cidades mineiras estão entre as 20 melhores no que se refere aos principais quesitos de saneamento básico avaliados: Uberlândia (4ª posição); Uberaba (8ª), ambas no Triângulo; Montes Claros, no Norte (14ª); Belo Horizonte (16ª); e Contagem, na região metropolitana (17ª). Os dados são de 2010.

O estudo aponta que nas cem cidades vivem 40% dos habitantes do país, ou 77 milhões das 191 milhões de pessoas. Mais de 31 milhões moram em lugares onde o esgoto corre a céu aberto. Embora o volume seja expressivo, o índice de cobertura, de 59,1%, supera a média nacional (46,2%).
 
100% de cobertura


Segundo o instituto, em 34 das cem cidades, mais de 80% da população têm o esgoto coletado. Entre elas, apenas cinco têm 100% de cobertura: Belo Horizonte, Santos (SP), Jundiaí (SP), Piracicaba (SP) e Franca (SP). No entanto, dados divulgados em maio pelo Programa de Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de Vale e Córregos em Leito Natural de BH (Drenurbs) apontam que, na capital mineira, 95% do esgoto é coletado.

No que se refere ao tratamento do esgoto, BH não figura entre as melhores. O dado indica o volume tratado em função da água consumida. Nas cem cidades, a média é de 36,28%, semelhante à nacional (37,9%). Dos municípios mineiros, destaque para Uberlândia e Montes Claros, que registram índice de tratamento superior a 70%.

Na avaliação do professor Carlos Augusto de Lemos Chernicharo, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), apesar de Belo Horizonte coletar parcela significativa do esgoto, a cidade tem dificuldade de conduzi-lo até as estações de tratamento.

“Para corrigir esse problema, seria necessário interligar os interceptores secundários às canalizações principais, que ficam às margens dos ribeirões Arrudas e Onça”, disse o especialista.





 

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