Blitz que apreendeu ônibus da banda Cheiro de Amor autuou 72 veículos na MG-010

Ana Clara Otoni - Do Portal HD
13/07/2012 às 19:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:33
 (Divulgação/DER-MG)

(Divulgação/DER-MG)

Cerca de 330 veículos foram abordados e dois apreendidos na blitz contra transporte clandestino realizada nesta sexta-feira (13), no entorno do Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A ação foi realizada pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG) que, no balanço final contabilizou 72 registros de irregularidades nos veículos abordados. Segundo o DER-MG, o principal objetivo foi o de fiscalizar transportadores ilegais de passageiros, denominados “piolhos” no meio que atuam. Estes transportadores aliciam passageiros em determinados locais e os conduzem em carros de luxo fretados irregularmente ou táxis não credenciados.

O ônibus que transportava integrantes da banda Cheio de Amor foi um dos veículos apreendidos na blitz, na MG-010, por estar com a documentação irregular e com vários débitos referentes a multas. Os músicos desembarcaram pela manhã no Aeroporto Internacional de Confins e seguiam para Pirapora, na região Norte de Minas, onde está programado um show para esta noite. A vocalista do banda, Aline Rosa, não estava no veículo. Conforme o DER, o ônibus estava com oito multas em aberto e com a autorização da ANTT irregular, configurando transporte ilegal.A empresa responsável pelo transporte informou que disponibilizou outro veículo para que a banda seguisse ao destino.

Um dos focos da operação é a preparação para a Copa das Confederações, que será realizada de 15 a 30 de junho no Brasil, sendo Belo Horizonte uma das cidades-sede. “Percebemos que durante a blitz, centenas de veículos que atuam como clandestino no aeroporto retornaram vazios para a cidade devido a nossa ação, o que significa aproximadamente 3.000 passageiros a mais no sistema regular”, analisou o diretor de fiscalização do DER-MG, João Afonso Baeta.

Transporte clandestino

As saídas de Belo Horizonte estão sendo monitoradas também, conforme o DER-MG, para conter o transporte intermunicipal por táxi e o transporte remunerado, realizado por veículos particulares, pois estes, ao não serem habilitados a cobrar por qualquer transporte, podem levar o condutor a ser enquadrado por exercício ilegal da profissão.
 
“O transporte clandestino coloca em risco a vida do cidadão ao não oferecer viagens com qualidade e garantias de seguridade. Já foram detectados e apreendidos transportadores clandestinos dirigindo depois de terem consumido bebidas alcoólicas, inabilitados e vinculados com contrabandos, assaltos, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas”, acrescentou Baeta.
 
Os transportadores ilegais abordados podem sofrer penalizações como multa de R$ 1.164,55 e cobrança do dobro do valor em caso de reincidência. Pelo transbordo das pessoas transportadas, os motoristas podem ter o veículo apreendido. A liberação do veículo é feita apenas após o pagamento das despesas relativas ao guincho, diárias de apreensão, além de todas as multas pendentes do infrator. Além disso, é feita a abertura de processo administrativo, no qual o motorista pode ser enquadrado no Código Penal pelo crime de transporte clandestino.

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