Blocos de Carnaval fazem manifesto contra repressão policial durante o Vira o Santo

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
17/02/2018 às 16:55.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:25
 (Malú Damázio/Divulgação)

(Malú Damázio/Divulgação)

Integrantes de blocos de Carnaval aproveitaram o momento de festa do Vira o Santo para fazer uma manifestação contra a truculência policial na Praça da Estação, na tarde deste sábado (17). Além de exibir uma grande faixa com a frase “Carnaval não é caso de polícia”, foliões cantaram: “não é coincidência: não tem polícia, não tem violência”.

O protesto teve início nesta quarta-feira (14), quando foi publicado, no perfil Carnaval de Rua BH do Facebook, um manifesto assinado por mais de 70 blocos de rua de Belo Horizonte. No texto, são relatados momentos em que policiais militares teriam sido truculentos com foliões.

A principal motivação da publicação foi a confusão entre foliões e policiais na dispersão do bloco Filhos de Tcha Tcha, na ocupação Paulo Freire, na região do Barreiro, na noite de segunda-feira (12). De acordo com uma postagem do bloco no Facebook, a polícia começou a agir com truculência quando pessoas demonstraram o desejo de continuar com a folia.

O manifesto afirma, ainda, que houve casos de repressão durante os desfiles de outros blocos, como Arrasta Favela, Bloco da Bicicletinha, Bloco da Praia, Bloco do Peixoto, Bloco Me Beija Que Sou Pagodeiro e Tchanzinho Zona Norte.

Na próxima terça-feira (20), às 19h, no Teatro Espanca (localizado à rua Aarão Reis), haverá um encontro de blocos para construção de ações conjuntas para demonstrar o repúdio às ações de repressão da PM.

Por meio de nota, a Polícia Militar informa que respeita qualquer manifestação e acredita no ambiente democrático. “A instituição salienta que em quase mil eventos, na capital mineira, não houve destaque para a violência, o que ratifica o trabalho feito, principalmente, pela Polícia Militar devido a sua capilaridade. A PM ressalta que irá sempre atuar em face da prevenção dos eventos – o que foi realizado com eficiência no Carnaval 2018 – todavia, sempre que houver ruptura da ordem pública, agirá no sentido de restaurá-la nos limites previstos pelo uso diferenciado da força e do ordenamento jurídico em vigor”.

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