Blocos do interior participam do Carnaval de Belo Horizonte

Da Redação*
Hoje em Dia - Belo Horizonte
18/02/2017 às 15:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:35

Cada vez mais disputado, o Carnaval de Belo Horizonte não conta somente com a infinidade de blocos da capital. Agremiações do interior também irão agregar à folia local, deixando a cidade ainda mais democrática. O abre-alas ocorre neste sábado (18), com a participação do bloco BanduLino, de Martinho Campos, na Região Metropolitana de BH. Formado há mais de 50 anos por Paulino Luiz de Freitas (Lino) e sua família, o grupo vai contagiar os foliões a partir das 15h, na esquina das ruas Tomé de Souza com avenida Getúlio Vargas.

considerada a agremiação carnavalesca mais antiga do Brasil em atividade. Em plena comemoração de seus 150 anos de existência, o Zé Pereira irá desfilar seus tradicionais bonecos gigantes pela capital no dia 27 de fevereiro, às 10h, na Casa do Baile (Av. Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha).

Origem

O Bandulino desfilou pela primeira vez na capital em 2016, quando ficou em segundo lugar no concurso Meu Bloco do Coração, realizado pela TV Record. Com repertório focado em marchinhas e samba, o bloco segue firme nas tradições carnavalescas. Filha do fundador da banda e hoje Secretária Municipal de Cultura de Martinho Campos, Tabita Campos se orgulha da longa trajetória da trupe. “Meu pai fundou a banda em 1946 e hoje ela já está na terceira geração da nossa família. Eu sempre fico emocionada quando nos apresentamos, e ter a oportunidade de participar de mais um carnaval em Belo Horizonte é emocionante. Nós estamos disseminando a cultura do nosso município e a tradição local”, afirma Tabita.

A história do bloco Zé Pereira dos Lacaios, de Ouro Preto, é bem mais antiga, e remete aos idos de 1846, quando teve início na cidade do Rio de Janeiro, com o português José Nogueira Paredes, o Zé Pereira. Durante 21 anos, Zé Pereira saiu pelas ruas do centro tocando um bumbo e atraindo alguns músicos e foliões, conforme salienta a folclorista Deolinda Alice dos Santos. “Aqui entre nós o carnaval de origem europeia se abrasileirou. Aos poucos os famosos bonecões se alastraram por várias cidades do Brasil”.

Em 1867, Zé Pereira mudou-se para Ouro Preto para trabalhar no Palácio do Governo. Foi então que surgiu o Bloco Zé Pereira dos Lacaios, organizado por funcionários do Palácio, marcado pelo uso de fraques, cartolas e lanternas. O nome Lacaios é uma referência aos colegas bajuladores e seus fraques.

A história de 150 anos do bloco ganhou até exposição, que foi aberta nesta sexta-feira (17), e segue em cartaz até 12 de março. Realizada pela Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), em parceria com o clube, a mostra reúne detalhes da história do bloco e depoimentos de quem participou dessa trajetória. Também estarão expostos alguns dos bonecos que integram o acervo, como Catitão, Benedito e a Baiana.

A Faop, que fica na rua Alvarenga, 794, no bairro Cabeças, em Ouro Preto, também promoverá uma oficina onde a comunidade poderá aprender a confeccionar miniatura de bonecos de pano. Informações complementares em www.cultura.mg.gov.br

Serviço:

Pré-carnaval com o BanduLino

Data: Sábado, 18 de fevereiro de 2017

Horário: 15h

Local: Rua Tomé de Souza, esquina com Av. Getúlio Vargas, Savassi, Belo Horizonte/MG

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