Bombeiros atenderam 88 ocorrências de chuva em apenas cinco dias

DA REDAÇÃO
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15/11/2016 às 20:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:40

Oitenta e oito pedidos de socorro em apenas cinco dias. Esse é o balanço das ocorrências de chuva atendidas pelo Corpo de Bombeiros, entre a última sexta-feira e a tarde de ontem, só em Belo Horizonte. As precipitações ininterruptas provocam estragos e deixam em alerta, principalmente, pessoas que moram em áreas de risco.

Hoje, a capital deve completar o sexto dia seguido de chuva, conforme prevê o serviço de meteorologia do TempoClima/PUC Minas. Há previsão de pancadas na parte da tarde. O tempo deve permanecer nublado pelo menos até sexta-feira.

REGISTROS
O levantamento dos Bombeiros mostra 63 chamados para corte de árvore em via pública e 18 para a retirada das que estavam com risco de queda. Foram seis ocorrências de desabamento, desmoronamento ou colapso de estruturas e um registro de alagamento.

Na tarde ontem, parte de um morro desabou em uma obra na rua Alberto Bressane, no bairro Novo São Lucas, na regional Leste. O grande volume de chuva provocou o abalo, segundo o Corpo de Bombeiros. Uma cobertura de cimento não teria suportado a quantidade de água e cedeu. Não houve vítimas. Apesar do susto, a Defesa Civil de BH informou que os moradores do entorno não precisam se preocupar.

Também ontem, uma cratera chamou a atenção de quem passava pela rua Cabo Verde, no bairro Cruzeiro, região Centro-Sul. Esta não é a primeira vez que o local sofre com os danos causados por chuva constante. Em 2013, outro buraco também se abriu na via e deixou três prédios interditados.

O trecho foi sinalizado para evitar acidentes. A Copasa esteve no local e constatou que o problema pertence a uma companhia de gás, que foi acionada até o local.

BURITIS
A Defesa Civil deve definir hoje se os moradores que tiveram que sair de um apartamento no bairro Buritis, na região Oeste – onde um muro desabou no último sábado por causa da chuva – podem voltar para casa. Ontem, técnicos do órgão estiveram no local e constaram que as providências tomadas estão dentro do indicado para conter o problema.

“Todos os dias viemos fazer vistoria, principalmente para trazer tranquilidade aos moradores e verificar se há uma evolução do risco. O que a gente percebe é que o risco está bem conduzido pelo síndico e pelos moradores”, afirma o coordenador da Defesa Civil municipal, coronel Alexandre Lucas.

O muro que desabou, provavelmente por causa de um problema de drenagem, fica na divisa entre dois prédios. A princípio, a estrutura de nenhum dos dois imóveis foi comprometida. 

Reparos Para que a situação seja resolvida, serão necessárias obras de reparo. “Tem que ter a reconstituição do sistema de contenção. É uma obra que tem que ser feita sob a orientação de geotécnicos. E tem que se levar em conta que nós estamos em período chuvoso, que aumenta muito o risco dessas obras. Então pode ser feito um monitoramento e outras intervenções de mitigação e aguardar um projeto bem feito, uma execução bem feita”, explica o coronel.

ATENTOS
Os moradores do prédio com entrada para a rua Tito Guimarães, onde ninguém teve que ser retirado, acompanham de perto todas as ações. “Nós já estávamos tranquilos porque a nossa preocupação, inicialmente, era com o prédio vizinho porque o muro dele cedeu. Mas estamos tomando todas as medidas orientadas pela Defesa Civil, pelo Corpo de Bombeiros, já estamos com 80% desse procedimento concluído, vamos concluir o restante hoje”, conta o síndico, André Carvalho. (Com Alessandra Mendes, Ana Cláudia Ulhôa e Gabriela Sales).

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