(Wilson Dias/ABr)
O Brasil é o segundo país das Américas com mais casos de sarampo confirmados neste ano, com 114 confirmações, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Só em Roraima, foram registrados 84, dos quais 58 atestados em venezuelanos (69% do total).
E é justamente a Venezuela que lidera o ranking entre aqueles que reportaram a doença. capital.
Neste ano, os venezuelanos tiveram 84% (o estado de Delta Amacuro, no leste do país. Com isso, só nos cinco primeiros meses de 2018, já são duas vezes mais casos que em comparação com todo o ano passado.
"São 11 os países que notificaram 1.685 casos confirmados de sarampo na região das Américas", aponta o estudo da Opas, divulgado neste sábado (9).
Nos países fronteiriços, como Brasil e Colômbia, e em outros próximos como Equador, boa parte dos contagiados são pessoas vindas da Venezuela.
Na Colômbia, foram confirmados 26 casos da doença, dos quais 17 foram "importados" (65%). Além disso, "sete casos são de transmissão secundária em pessoas procedentes da Venezuela e residentes na Colômbia há mais de quatro meses", acrescenta o relatório.
No Equador, a prevalência se mantém. Dos 12 infectados, 10 são venezuelanos (83%).
Ante as contínuas importações do vírus, a Opas insta os países a "vacinarem para manter coberturas homogêneas de 95% com a primeira e segunda doses da vacina contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, em todos os municípios".
A doença viral é altamente contagiosa e pode ser prevenida com vacinas. Na Venezuela, no entanto, que está mergulhada em uma crise econômica aguda, existe 85% de escassez de medicamentos básicos e até 95% de alguns fármacos para tratar condições crônicas, segundo a Federação Farmacêutica.
Em 6 de abril, o governo empreendeu um plano de vacinação contra 14 doenças, entre elas sarampo, tuberculose e difteria.
(*) Com AFP