Câmeras de ônibus ajudarão na investigação da morte de professor de medicina

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
14/11/2017 às 16:38.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:42
 (Reprodução Facebook)

(Reprodução Facebook)

Quatro câmeras que estavam no ônibus da linha 9805 (Santa Efigênia/Renascença) poderão ajudar a Polícia Civil a esclarecer a morte do professor de medicina Antônio Leite Alves Radicchi. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH), todos os coletivos da capital são equipados com câmeras: uma é voltada para o motorista, uma direcionada à catraca, uma permite ver a rua e outra fica ao fundo, permitindo uma visão de todo interior do veículo. 

A princípio, a Polícia Civil atua com a hipótese de latrocínio - homicídio e roubo - , mas o suspeito, que confessou o crime, afirmou em depoimento que teria um histórico de desentendimento com a vítima. A investigação vai apurar a motivação do crime. O suspeito e sua mulher foram presos em flagrante pouco após o crime, na manhã desta segunda-feira (13). Na delegacia, o flagrante foi ratificado e os dois permanecem encarcerados.   

Sepultado na tarde desta terça-feira, Antônio Leite Radicchi era professor da Escola de Medicina da UFMG há mais de 37 anos. Ele foi chefe  do Departamento de Medicina Preventiva e Social por dois mandatos e era professor do internato rural. Também foi fundador do projeto Manuelzão. 

Relembre o caso

O motorista do ônibus da linha 9805 (Santa Efigênia/ Renascença) contou à Polícia Militar que a vítima estava sentada na parte da frente do veículo quando um homem de 26 anos e uma mulher de 27 entraram. Logo e seguida, o suspeito e o professor começaram a discutir. No momento em que o veículo passava pela rua Juazeiro, no bairro São Cristóvão, o jovem esfaqueou Radicchi cerca de dez vezes e tomou a mochila da vítima. O casal fugiu do ônibus em direção ao bairro Concórdia.

O professor foi levado imediatamente para o Hospital Odilon Behrens, mas demorou ser identificado, pois os documentos deviam estar na mochila roubada. Uma pessoa do hospital o reconheceu como professor da Escola de Medicina.

A Polícia Militar foi acionada e fez rastreamento pela região, localizando o casal suspeito na rua. O homem de 26 anos assumiu o crime e contou que havia se desentendido no passado com a vítima. Os familiares do professor, porém, contestam a versão. 

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