Caixa prorroga prazo para a liberação do terreno e moradores desocupam agência em BH

Hoje em Dia
25/08/2014 às 19:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:56
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Os moradores do terreno da Granja Werneck, compostas pelas comunidades Rosa Leão, Esperança e Vitória, localizadas na região do Isidoro, no Norte da capital, decidiram desocupar a agência da Caixa Econômica Federal (CEF), na rua dos Carijós, na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte. Os moradores ocupavam o local desde a manhã desta segunda-feira (25) e saíram após receberem um ofício da CEF. No documento, a Caixa informa que foi prorrogado o prazo para a liberação do terreno.   “Com relação ao contrato que envolve à região da Granja Werneck, a Caixa Econômica Federal informa que a cláusula suspensiva foi temporariamente prorrogada até que os responsáveis encontrem solução definitiva para o caso”, diz a Caixa em nota enviada à imprensa. A nota diz ainda que a Caixa não havia pedido a reintegração de posse da área, uma vez que não é proprietária do terreno. “A Caixa esclarece que não tem qualquer objeção ao cancelamento do contrato, caso seja essa decisão do poder público e os demais envolvidos na construção do empreendimento”, prossegue a nota.   De acordo com o integrante do movimento Brigada Populares, Rafael Bitencourt, o ofício da CEF afirma também que a prefeitura repassou informações incoerentes sobre os moradores que vivem na área. “No ofício, a Caixa diz que a prefeitura de Belo Horizonte informou que apenas 160 famílias moravam no Isidoro, quando, na verdade, são oito mil. A Caixa suspendeu a cláusula para averiguar a verdade dos fatos”, disse.    Na última quinta-feira (21), o representante da Brigadas Populares, Frei Gilvander, explicou que uma das cláusulas assinadas pela CEF com a prefeitura de Belo Horizonte para a construção de moradias, por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”, previa a liberação do terreno até 31 de agosto. Com a nova decisão da Caixa, o prazo foi suspenso.    Despejo    A pedido dos responsáveis por administrar o lote da Granja Werneck, no dia 13 de agosto, a desembargadora Selma Maria Marques de Souza, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), suspendeu a liminar que determinava o cancelamento da ordem de despejo das famílias que ocupam a região do Isidoro, no Norte de Belo Horizonte. Parte do terreno é de propriedade particular e a outra é pública.   O despejo já havia sido marcado para acontecer no dia 13 de agosto pelo Comando de Policiamento Especializado (CPE). Porém, na noite do dia 12 de agosto, o juiz da Vara Cível da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, Marcos Padula, havia determinado que a Polícia Militar não retirasse as famílias das ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória. Com a nova decisão da desembargadora, a reintegração de posse pode ocorrer a qualquer momento.   De acordo com o TJMG, a desembargadora pediu para que a Polícia Militar proteja as crianças e a todos os envolvidos na ação polícia.

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