(Tânia Rêgo)
Durante a Semana Mundial de Luta contra a Hanseníase, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), realiza ações de divulgação e conscientização sobre a doença. O objetivo é alertar a sociedade sobre os sinais e sintomas da Hanseníase e incentivar a procura pelos serviços de saúde.
A SMSA informa que as ações também têm o propósito de mobilizar os profissionais da área para a busca ativa de novos casos e a realização de exame em quem teve contato com pessoas doentes. A campanha irá, ainda, divulgar a oferta do tratamento completo pelo SUS e promover atividades educativas que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que acompanham a doença.
Nesta terça (24) haverá panfletagem nos restaurantes populares da Rodoviária, Barreiro e Venda Nova. Na quarta (25) a ação de panfletagem segue para as estações do BH Bus Barreiro. Durante toda a semana, haverá divulgação sobre a doença nas salas de espera dos centros de saúde e nas academias da cidade. A PBH também preparou material de divulgação sobre a doença para o Jornal do Ônibus.
As ações são uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Acometidas pela Hanseníase (Morhan).
Casos
O número de casos da doença tem diminuído nos últimos anos, no mundo e no Brasil. Apesar da redução, ainda não se pode considerar a doença controlada. Segundo a SMSA, Belo Horizonte registrou, em 2016, 56 casos novos de hanseníase, mais de 90% deles diagnosticados como sendo da forma multibacilar (transmissível) ou que tenham gerado alguma incapacidade ou sequela.
Em Belo Horizonte, os pacientes são atendidos nos 150 centros de saúde (CS) através de busca ativa de sintomáticos dermatológicos ou encaminhados pela Atenção Secundária à Saúde. O paciente deve ser acompanhado pela equipe do centro de saúde mais próximo de sua casa e, se necessário, encaminhado para uma referência secundária.
Hanseníase
Conforme a SMSA, a Hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa causada por um bacilo (Mycobacterium leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar um grande número de indivíduos, porém poucos adoecem. A transmissão é feita através das vias aéreas superiores. Os principais sintomas da doença são o surgimento de manchas na pele, em sua maioria com alteração de sensibilidade. O diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história e condições de vida do paciente e realização do exame físico (avaliação da pele e dos nervos). O tratamento é realizado gratuitamente em todos os centros de saúde do município. É imprescindível que aqueles que convivem ou conviveram com pessoas diagnosticadas, sejam examinados, uma vez que têm maior chance de adoecer. A hanseníase tem cura e, se tratada precocemente e de forma adequada, pode evitar sequelas.
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