Campanha contra sarampo, rubéola e caxumba em Minas não inclui crianças alérgicas a leite

Hoje em Dia
21/11/2014 às 12:23.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:07
 (Felipe Couri / Arquivo Hoje em Dia)

(Felipe Couri / Arquivo Hoje em Dia)

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) alertou nesta semana que crianças que apresentam reação alérgica ao leite de vaca não devem receber a vacina tríplice viral, que imuniza contra o sarampo, rubéola e caxumba. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina disponibilizada pelo laboratório Serum Institute of India Ltda, e distribuída aos postos de saúde de Minas Gerais, possui na composição uma proteína derivada do leite, chamada lacto albumina hidrolisada.    A administração da vacina em crianças com alergia ao leite pode causar reações graves de natureza anafilática, entre elas urticária generalizada, dificuldade respiratória, edema de lábios e face. Ainda conforme a SES, vacinação em crianças alérgicas ocorrerá posteriormente, em data a ser definida pelo Ministério da Saúde. De acordo com o órgão, foram notificados até o momento, em todo o país, 28 eventos adversos relacionados à vacina.   A coordenadora de Imunização da SES, Tânia Brant, ressalta que essa restrição só é válida para crianças com histórico de alergia ao leite de vaca. “A campanha de vacinação contra o sarampo não foi interrompida. É importante frisar que a vacina disponibilizada é de qualidade e segura. Ela só não deve ser administrada em crianças que tem alergia ao leite”, afirma.    No Estado, a vacinação irá ocorrer até 28 de novembro. Em Belo Horizonte, a expectativa é imunizar cerca de 128 mil crianças com idade de 6 meses a 4 anos.   Campanha    Com o objetivo de corrigir falhas de imunização em crianças de um ano a menores de cinco, a Campanha de Seguimento contra o Sarampo é válida tanto para crianças que não estejam com o esquema vacinal em dia, quanto para aquelas que já tenham se vacinado.    Além das crianças com alergia ao leite de vaca, não poderão ser vacinadas contra o sarampo as crianças que estiverem com doenças febris moderadas ou graves. Neste caso, a vacinação deve ser adiada até que a criança melhore. Para as que estiverem em uso de imunoglobulina, sangue e derivados a vacinação deverá ser adiada por três a 11 meses, dependendo do hemoderivado e da dose administrada, para evitar prejuízos na resposta imunológica pós-vacinação.   A vacina também é contraindicada para crianças que apresentaram reações alérgicas em doses anteriores e com imunodeficiência congênita adquirida.

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