Candidatos não convocados na 1ª chamada do Sisu na UFMG estão à espera de vagas

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
16/02/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:59

A expectativa do estudante Ivan de Oliveira Silveira, de 18 anos, ansioso para ver o resultado da primeira chamada da lista de espera das vagas da UFMG, é conseguir entrar no curso de Medicina, o mais concorrido da federal mineira neste ano.

A partir de hoje, universidades públicas de todo país que ofereceram vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam a recrutar os candidatos que não foram convocados na primeira chamada, ocorrida no início do mês.

Ivan acredita que será possível ingressar na universidade em uma das chamadas seguintes ou no segundo semestre, quando são abertas novas vagas.

Ele, que concorreu na categoria de cotas para candidatos com renda familiar bruta igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, fez 703 pontos na prova.

A nota de corte para a modalidade foi de 759,98. “Como a nota vai diminuindo à medida que a lista roda, estou esperançoso”, conta.

Lista de chamada, datas de pré-matrícula online e presencial e documentos exigidos dos futuros universitários serão divulgados no ufmg.br/sisu

Já a administradora Fabíola Sthefanie Ferreira Villani, de 27 anos, que prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de olho em uma vaga na área médica e tirou 660 pontos, diz que será preciso se preparar melhor para a próxima prova.

“Acabei o ensino médio há dez anos e estudei em escola pública. Mesmo que minha nota não tenha dado, estou otimista para o ano que vem”, observa.

Para concorrer às vagas remanescentes, os alunos inscritos nos cursos da UFMG como primeira opção no Sisu manifestaram interesse em participar da lista de espera no início do mês, na página do sistema.

Destaque

O esforço extra na prática de redação foi o que levou o estudante de Timóteo, no Vale do Rio Doce, Bruno Lucas Andrade, de 18 anos, a conquistar o primeiro lugar geral na UFMG. A nota final de Bruno este ano foi 857,64, 107 pontos maior do que a de 2016. 

“Quando acabei o ensino médio, até que fui bem na prova, mas tirei só 680 na redação, o que me prejudicou. Foi difícil receber a nota baixa e pensar que não ia passar por isso, fiquei bem para baixo, mas peguei essa decepção e transformei em motivação para estudar”, relata.

No início de 2016, o estudante teve uma crise de pânico ao fazer um simulado e perceber que não tinha domínio do tema pedido na dissertação. Deixou a sala imediatamente com o papel em branco.

No entanto, após muita prática, ele conta que abriu a prova do último Enem e teve a certeza de estar preparado. “Parecia que era uma prova qualquer, foi muito diferente”, lembra. 

Agora, ele não quer saber de livros até o início das aulas: “estou me divertindo bastante e curtindo a aprovação”, conta.

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