Carreata de taxistas contra Uber deixa trânsito lento em BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
30/09/2016 às 08:43.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:02
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Uma carreata de taxistas contra o serviço de transporte urbano particular por aplicativo Uber complicou o trânsito em várias regiões de Belo Horizonte desta sexta-feira (30). O grupo se concentrou na região da Pampulha, por volta das 7 horas. Os manifestantes seguiram pela avenida Antônio Abrahão Caram, onde ocuparam duas faixas e deixaram apenas duas liberadas para os demais motoristas.

Posteriormente, eles se deslocaram pela avenida Antônio Carlos, que também teve o tráfego parcialmente impedido. O ato encerrou na avenida Afonso Pena, no Centro da capital mineira, onde os motoristas protestaram em frente a sede da Prefeitura de BH.

Conforme a BHTrans, a situação do trânsito foi agravada pois o protesto ocorreu durante o horário de pico. Os manifestantes dispersaram e liberaram o tráfego somente no início da tarde. A Polícia Militar acompanhou o ato, mas não informou quantos motoristas participam da carreata.  Contudo, a estimativa é de que aproximadamente 150 taxistas protestaram. O ato foi pacífico e não foi necessário o uso da força policial.

O presidente do Sindicato dos taxistas (Sincavir), Ricardo Faedda, informou que o movimento foi independente e não foi convocado pela entidade. Ele disse, contudo, que respalda todas as reivindicações da categoria. Faedda ressaltou que o sindicato tem conversado com todos os órgãos competentes, incluindo a BHTrans, PBH, Guarda Municipal e Departamento de Estradas de Rodagem (DER/MG), para resolver a situação dos taxistas com relação ao Uber.

Justiça 

Taxistas argumentam que após a lei municipal 10.900, de 2016, o Uber não poderia atuar na capital. Segundo o texto, os aplicativos voltados para o transporte remunerado de passageiros só poderão operar na cidade se usarem mão de obra de motoristas autorizados pelo governo municipal. O Uber reitera que é um serviço de transporte individual privado e legalmente fundamentando na Constituição Federal. 

Direitos

Enquanto cada categoria defende o ganha-pão dos profissionais, Danielle Fernandes, professora do Departamento de Sociologia da UFMG, afirma que esse conflito por espaço dentro da sociedade é natural. O que foge à regra, porém, são as brigas entre eles, que estão se tornando mais comuns.  “Ambos têm legitimidade para rodar. Imagine se toda organização que luta por direitos resolvesse se estruturar para bater? Nesse sentido, os taxistas estão errados nas agressões”, opina.

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