Casal vai a júri acusado de matar pedreiro para dar golpe em seguradoras

Hoje em Dia
23/09/2014 às 07:59.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:19

O casal Wilson Venâncio Félix e Maria Geralda Souza Félix vão a júri popular, nesta quarta-feira (24), acusados de matar um pedreiro para dar golpe em companhias de seguro. O crime ocorreu em fevereiro de 1998.   Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a tentativa de golpe foi descoberta pela polícia pouco depois do carro da Maria Geralda ter sido encontrado totalmente queimado e com um corpo carbonizado dentro, em uma área de reflorestamento que dá acesso ao município de Rio Piracicaba.   A mulher informou à polícia, na ocasião, que o motorista do automóvel era seu marido, que tinha ido de Belo Horizonte a João Monlevade para troca alguns cheques. Contudo, os investigadores estranharam a atitude de Maria Geralda com relação a investigação e, após algumas diligências, descobriram que a família estava em situação financeira difícil.   A investigação revelou que em agosto e setembro de 1997 Wilson contratou seguros de vida nos valores de R$ 120 mil e de R$ 280 mil. As apólices tinham como beneficiárias sua esposa e uma filha do casal.   Além disso, as apurações mostraram que um dia antes de o carro ser encontrado totalmente destruído, o homem havia combinado uma viagem com o pedreiro para a realização de alguns serviços em um sítio em Ravena. Após essa viagem, o pedreiro nunca mais foi encontrado.   Seguro   Segundo a denúncia do Ministério Público, o pedreiro tinha semelhanças físicas com Wilson e, por isso, foi escolhido como vítima do crime. Em João Monlevade, após possivelmente golpear a vítima e deixá-la desacordada, o homem levou o automóvel para um local ermo e ateou fogo.    De acordo com o MP, Maria Geralda chegou a reconhecer o corpo carbonizado como sendo o do marido e iniciou os procedimentos exigidos para o recebimento do seguro. Um exame de DNA feito nos ossos, porém, confirmou que o corpo não era de Wilson, mas do pedreiro. As investigações também provaram que, mesmo após a morte simulada, Wilson manteve contato com a família e movimentou sua conta bancária.   Em dezembro de 2004, Wilson e Maria Geralda foram pronunciados. Eles foram acusados pelo crime de homicídio por motivo torpe e com emprego de fogo. A sessão de julgamento será realizada a partir das 8h30, no Fórum Milton Campos, em João Monlevade, região Central de Minas. O júri será conduzido pelo juiz José Paulino de Freitas Neto, da Vara Criminal.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por