Casarão de BH é ocupado e grupo quer transformar lugar em centro cultural

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
26/10/2013 às 17:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:40
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

Um casarão de 1913 no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte, onde já funcionou o Hospital Militar de Belo Horizonte, está ocupado por pessoas que desejam transformar o local em centro cultural. Vestindo figurinos teatrais, o grupo entrou na construção, no número 348 da rua Manaus, na manhã deste sábado (26), e pretende continuar no local, já rebatizado de Espaço Comum Luiz Estrela. Segundo os organizadores do movimento, o prédio público está abandonado desde 1980, quando uma escola que funcionava ali foi fechada. “Queremos a restauração do patrimônio público, assim como uma função social para o espaço que é lindo, mas sofre com o descaso e seu lamentável estado de conservação”, disse a produtora cultural Sílvia Andrade.   O imóvel pertence à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), entidade estadual. A assessoria de imprensa do governo de Minas disse que dois advogados tentaram negociar com os manifestantes a saída do prédio, até por falta de segurança. E que já existe um convênio entre Fhemig e a Fundação Lucas Machado para a construção de um memorial ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. A assessoria, porém, não soube informar quando o convênio foi assinado, valores e prazo para início e término da obra. Um boletim de ocorrência por invasão foi lavrado na delegacia.   “Depois de 33 anos de abandono, só agora lançam essa ideia, que nos perece muito vaga. Mas queremos conversar, conhecer detalhes do projeto”, disse Victor Diniz, um dos coordenadores do movimento.    O objetivo da turma, formada por artistas, profissionais liberais, estudantes e professores universitários, é reativar o casarão, movimentando-o com variada programação cultural. A causa já ganhou simpatia de alguns vizinhos. “Esse tipo de coisa é muito comum na Argentina, Alemanha e Espanha. Não podemos deixar tanta história e beleza acabar”, apoiou o técnico de som Vicente Andrade, o Vivi.

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