Casarões históricos na avenida Amazonas serão restaurados

Danilo Emerich - Hoje em Dia
17/08/2014 às 09:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:49
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Imóveis históricos que estão fechados na avenida Amazonas, entre as ruas Aimorés e Mato Grosso, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, darão lugar a um centro cultural. Até o início de 2015, os casarões da década de 1930 serão restaurados para compor as futuras instalações do Colégio Santo Agostinho.   A ideia de revitalização surgiu há 10 anos, quando a mantenedora da instituição de ensino, a Sociedade Inteligência e Coração (SIC) comprou as casas. A proposta, já aprovada pela Fundação Municipal de Cultura (FMC), é demolir uma delas, restaurar outras quatro e erguer uma torre de 11 andares atrás dos casarões.   Segundo a arquiteta responsável pelo projeto, Fátima Camargos, a demolição de um dos imóveis ocorrerá pela descaracterização e deterioração da construção. “As casas serão restauradas em suas características originais e usadas como espaço cultural, biblioteca e também para os funcionários. Já em relação ao prédio, uma parte dele será usada pelo colégio e outra com salas comerciais”, afirmou”.   Atualmente, os casarões estão pichados e há lixo por toda parte. Fátima afirma que a situação ainda não foi resolvida devido à demora para a aprovação dos projetos. “O colégio não pode investir na reforma sem a liberação da prefeitura”, destaca. O valor total do investimento não foi informado.   Por todo lado   O abandono e a deterioração atingem 4% ou 30 dos 722 imóveis tombados pela Fundação Municipal de Cultura em BH. De acordo com o diretor de Patrimônio da FMC, Carlos Henrique Bicalho, muitos estão nessa situação porque, como os proprietários possuem vários imóveis na cidade, alguns são deixados em segundo plano ou estão sob disputa de herdeiros. “Localizar os donos é difícil. Quando há degradação, notificamos e tentamos negociar. Se nada é feito, encaminhamos para o Ministério Público”, explica.   Esses imóveis abandonados estão espalhados por várias ruas e avenidas da Região Centro-Sul. Na esquina da avenida Bias Fortes com rua Guajajaras, no Barro Preto, o primeiro imóvel em Art Déco de BH, projetado pelo arquiteto Luiz Signorelli, não é habitado há anos.   Já no cruzamento das ruas Pernambuco e dos Inconfidentes, uma construção de uso misto – comercial e residencial –, que já abrigou a Casa Ouropretana, também pede socorro. O imóvel, erguido em 1917, teve o processo de restauração iniciado, mas a família terá que buscar recursos para a obra.   Outro caso está no Cidade Jardim, onde uma residência na rua Conde Linhares, avaliada em R$ 2 milhões, também está fechada há pelo menos um ano. Uma obra clandestina foi feita pelo antigo locatário, o que trava a venda do imóvel. Quem comprar a casa, terá restaurá-la.

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