Casos de chikungunya crescem 3.400% em Minas; 11 mortes são investigadas

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br
26/04/2017 às 14:56.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:17
 (Reprodução/Internet)

(Reprodução/Internet)

O número de casos suspeitos de chikungunya registrados nos quatro primeiros meses de 2017 supera em 3.355% os compilados no mesmo período do ano passado. Até o momento, 9.986 casos prováveis da doença foram reportados pelos municípios mineiros à Secretaria Estadual de Saúde (SES), enquanto que, até abril de 2016, eram 289 registros.

Boletim divulgado ontem pela pasta mostra uma evolução exponencial das anotações de janeiro para fevereiro, de 335% (veja na tabela abaixo). Já do segundo para o terceiro mês deste ano, o aumento foi de 67%.

De acordo com o documento, Minas Gerais está em situação de alerta devido à explosão da doença, que atinge em maior potência Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. No município, já foram registrados 6.444 casos suspeitos da doença.

Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, ocupa a incômoda segunda posição, com 1.501. Em Belo Horizonte, até o momento, foram 68 ocorrências.

Em 2016, foram confirmados os primeiros casos autóctones (quando a doença é contraída dentro do município) de chikungunya. Até 2015, todos os casos notificados eram importados de outros estados ou países. 

E mais

A dengue também causa preocupação nas autoridades mineiras. Em 2017, até agora, foram registrados 21.280 casos da doença (entre confirmados e suspeitos), uma média de 186 notificações por dia. Uma pessoa morreu e outros 18 óbitos estão sob investigação.

Em relação ao zika, neste ano, já foram registrados 592 casos prováveis da doença, sendo 112 em gestantes. O número é 2.175% menor do que o computado nos quatro primeiros meses de 2016, quando houve 12.876 casos de zika.

Febre Amarela

Na última semana, a SES/MG recebeu nove notificações de febre amarela. Em 2017, foram 1.139 casos registrados até ontem. Desses, 553 foram descartados e 423 confirmados. A doença matou 151 pessoas. Um total de 201 óbitos foi comunicado pelos municípios ao Estado.

A Secretaria de Saúde informou, ontem, que interromperá a publicação de boletins semanais da febre amarela e desativará a sala de situação que funcionava desde janeiro de 2017.

Segundo a pasta, “tais medidas serão adotadas, considerando que o último caso confirmado teve início dos sintomas no dia 14 de março de 2017, não havendo necessidade de manutenção da sala, que é uma estratégia utilizada para a gestão da emergência”.

Termômetro

Uma forma de medir o avanço do mosquito Aedes aegypti, que transmite as doenças, é o mapeamento feito por meio do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).  O método permite a identificação dos criadouros predominantes e a situação de infestação do município. 

Índices até 1% indicam condições satisfatórias, entre 1% e 3,9%, situação de alerta e índices superiores a 4%, risco de surto.

Em março de 2017, o LIRAa foi realizado em 150 municípios, sendo que 58 estão com em situação de risco para ocorrência de surto, 68 em situação de alerta e 24 com baixo risco para ocorrência de surtos.

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