O número de casos confirmados da gripe H1N1 (suína) e de mortes no primeiro semestre desse ano supera em quase cinco vezes os registros do mesmo período de 2012. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) nega um surto e atribuiu o aumento de casos a um melhor controle de notificação da doença.
Segundo a Fundação Ezequiel Dias (Funed), são 117 casos confirmados em Minas entre as 1.592 amostras de janeiro até a última semana. No mesmo período de 2012, foram 978 amostras, com 25 positivas para H1N1. A expectativa é de aumento dos registros com o inverno, podendo atingir até 40% da população.
Segundo a técnica referência da Funed, Ana Luísa Furtado Cury, em 2012 foram analisadas 3.500 amostras. “Para 2013, esperamos 12 mil amostras até setembro”, disse.
Nesse ano, ocorreram 21 mortes pela influenza, contra quatro no mesmo período de 2012. Um aumento de 80%. As cinco cidades com mais casos no em Minas são Belo Horizonte, Contagem, Uberaba, Ouro Branco e Pouso Alegre.
Em Belo Horizonte, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a cobertura de vacinação foi de 97% do público alvo, sendo que a meta do Ministério da Saúde é de 80% da população de maior risco para a doença. Foram vacinadas 510.350 pessoas.
Ontem, a auxiliar administrativa Juliana Alves de Souza, de 18 anos, levou a filha Bruna, de 11 meses, até o hospital com medo da doença. “Ela está com os sintomas da gripe e me preocupei”, afirmou.
Para a coordenadora estadual de Doenças e Agravos Transmissíveis da SES, Janaína Almeida, o aumento de casos se deve à maior capacidade de exames da Funed. Ela disse que a circulação do vírus é esperada, mas está sob controle. “A epidemia está descartada por enquanto”, disse.
Segundo ela, várias medidas são tomadas para impedir a doença, como a distribuição de medicamentos e kits de coleta para exames laboratoriais.
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