Ciência é cada vez mais usada para prevenir e tratar doenças em recém-nascidos

Malú Damázio
mdamazio@hojeemdia.com.br
16/01/2017 às 08:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:26

Prevenção é sempre o melhor remédio. Em busca de saúde para os filhos desde os primeiros sinais de vida, gestantes recorrem à homeopatia. O sistema medicinal alternativo garante maior imunidade ao feto e também ameniza os desconfortos da gestação, como enjoos, varizes, azias e dores nas pernas. A medicação homeopática estimula o organismo com o intuito de reequilibrar a energia vital dos pacientes.

“A homeopatia é uma ciência que reorganiza a saúde humana. Ela dá equilíbrio e harmonia que o ser está chegando, fortalece o sistema imunológico e previne doenças futuras. Com isso, a criança vem ao mundo bem mais saudável”, Marisol Rodrigues, terapeuta homeopática e professora do Instituto Tecnológico Hahnemann

 O tratamento que começa ainda na barriga das mamães segue após o nascimento. As doses combatem febres, asma e pequenas alergias sem a necessidade de antibióticos.

E esse é o principal diferencial, afirma a pediatra homeopata Elizabeth Costa da Silva. “O medicamento homeopático é muito eficiente para tratar rinite, asma, dermatite e mau funcionamento intestinal das crianças”, explica.

O pequeno Osvaldo, de sete meses, já vê as ampolas e abre a boca para tomar os homeopáticos. A mãe, Letícia Castro, acredita que o tratamento durante a gestação foi essencial para que o filho tivesse uma saúde equilibrada. Em mais de uma ocasião, com a família inteira gripada, o bebê foi o único a escapar do resfriado. Agora, que a gengiva está irritada devido à dentição, ele também está usando a medicação alternativa.

Apesar de não ter sido acompanhado durante a gravidez, Heitor, o primeiro filho da fonoaudióloga Renata Matias, quase não recebe alopatia desde os primeiros meses. “Ele está com dois anos, todas as febres e reações alérgicas tratamos com homeopatia”, diz a mãe.

Renata acredita que a homeopatia auxiliou Heitor a ser mais equilibrado emocionalmente. Mas ela lembra que a medicação não interfere na personalidade do filho, que é bem agitado. A estabilidade psicológica ocorre porque “o medicamento homeopático age na totalidade do ser vivo”, diz Elizabeth. 

“Além dos problemas físicos, nós consideramos comportamentos, sentimentos e temores ao tratamento para que a criança seja mais harmônica”, complementa a especialista.

Gestantes

O corpo da mãe também sente os efeitos da homeopatia. Renata está grávida de cinco meses do segundo filho e confirma que essa gestação está sendo mais tranquila que a primeira. “As questões emocionais ao longo da gravidez ficaram mais bem resolvidas”, afirma.

Letícia também percebeu que a homeopatia a deixou mais disposta e com menos dores durante a gravidez.

Visitas ao médico ainda são necessárias, diz SMP 

As famílias que decidem adotar a homeopatia na saúde das crianças devem garantir também o acompanhamento pediátrico frequente do bebê. Esse é o posicionamento da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), que defende que os dois métodos podem ser combinados.

“A comunicação entre os profissionais é possível. O pediatra deve ser o médico central no tratamento da criança, porque ele é mais preparado para entender a demanda de toda a família. Mas nada disso impede que haja uma equipe de saúde para prestar atenção a esse bebê. Temos que respeitar o desejo dos pais de fazer um tratamento que acham interessante”, diz Maria do Carmo Barros de Melo, presidente da SMP.

No entanto, a médica homeopata e pediatra Elizabeth Costa da Silva lembra que a maioria das crianças que foi tratada com homeopatia durante a gravidez dificilmente precisará de qualquer tipo de medicamento no primeiro ano de vida.

“Eles são filhos de mães saudáveis e, geralmente, têm aleitamento materno exclusivo. As chances de terem doenças graves e precisarem de remédio são baixas”, explica.

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