Catalogar a gastronomia típica da região e, de quebra, traçar um roteiro turístico por onde passava a Ferrovia Bahia-Minas estão entre os objetivos do Primeiro Circuito de Cicloturismo Pedal e Sabor, que acontece nos dias 16 e 17 de abril, no Vale do Mucuri. O passeio reserva uma aula de história, garantem os organizadores. 

Os 578 quilômetros da extinta ferrovia preservam paisagens, monumentos e atrativos culturais intactos. A Baiminas, como era conhecida pelos moradores, foi inaugurada em meados de 1882 e desativada em 1966, depois de levar desenvolvimento ao sertão mineiro, ligando os vales do Mucuri e do Jequitinhonha aos portos do Atlântico, na Bahia.

Agora, parte desse trajeto será percorrido de bicicleta. A largada será na cidade de Novo Cruzeiro. De lá, os cicloturistas irão para Ladainha e Teófilo Otoni. A programação inclui café da manhã gratuito para os participantes nas cidades de largada e serviço de apoio com água e segurança durante o trajeto.

Para o turismólogo e gestor técnico da Associação do Circuito Turístico das Pedras Preciosas, Bruno Sá, a formação de um roteiro integrando municípios de temática de expressividade regional, como é o caso da Bahia-Minas, “apresenta um potencial incrível para a consolidação de um produto turístico capaz de motivar a visita de pessoas do Brasil e do mundo”. 

Para a antiga ferrovia, Bruno reforça que o objetivo é valorizar a prática do esporte, a gastronomia, as paisagens e os atrativos naturais e culturais locais.

Na avaliação do turis-mólogo, o evento será um indutor para que o poder público e a sociedade envolvida despertem o interesse sobre a importância de estruturar ações necessárias para a criação e comercialização de um roteiro de cicloturismo para os vales do Mucuri e Jequitinhonha.

Experiências

O cicloturismo é uma das atividades que mais crescem no mundo, segundo o turismólogo Bruno Sá. “A recepção de quem anda de bicicleta é mais calorosa do que se o viajante chegasse em outro meio de transporte”.

Porém, para a experiência ser prazerosa, os interessados devem procurar uma bicicleta confortável para fazer a viagem. Ela deve ser forte e estar em bom estado de conservação, além de permitir percorrer asfalto e terra.

As bikes precisam de revisões constantes, no mínimo uma vez por mês. Bruno ressalta que o cicloturista deve ter noções básicas de como montar os equipamentos. “Tem que aprender a trocar ou consertar a corrente, regular freios e as marchas”, detalha.

O conhecimento que se adquire de outras culturas e costumes dos locais visitados também é destacado pelo turismólogo. “Hoje, contamos com diversos grupos espalhados por varias cidades do Brasil, pessoas ávidas em descobrir novos roteiros, novos lugares e obter novas experiências memoráveis durante as suas viagens”, afirma.Editoria de Arte / N/A

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