(FOTO: MAURICIO VIEIRA / JORNAL HOJE EM DIA)
Pela primeira vez Belo Horizonte terá um centro de acolhimento para gestantes e puérperas em situação de rua. O equipamento, anunciado pela prefeitura (PBH), tem funcionamento previsto para 2019 e ofertará 40 vagas, inclusive para os pais das crianças. Além deste, outro abrigo para famílias será criado e terá capacidade para 50 pessoas. Os locais onde os serviços serão instalados ainda não foram divulgados.
Em contrapartida, a Secretaria Municipal de Política Urbana colocará mais oito equipes de abordagem a essa população para desobstruir as vias da capital. Hoje, há apenas um grupo que se dedica a esse trabalho. A intenção é impedir a formação de "casas", com móveis, colchões, varais e fogareiros nas ruas de Belo Horizonte.
Segundo a secretária de assistência social do município, Maíra Colares, hoje há cerca de 4.500 pessoas vivendo nas ruas de Belo Horizonte. “Será uma moradia provisória, até que a pessoa consiga criar e ter condições para ou regressar à família ou elaborar um novo projeto de vida”, afirma.
No caso das gestantes, elas serão encaminhadas à unidade de acolhimento após deixarem o hospital. O atendimento será em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, que também realizará a abordagem específica de pessoas em situação de rua com sofrimento mental e em abuso de álcool e outras drogas.
Saúde
Metade das pessoas que vivem nas ruas da capital mineira se enquadram nessas características, conforme o representante da pasta, Jackson Machado. O município, que já tinha uma equipe de saúde da família do Centro de Saúde Carlos Chagas destinada exclusivamente a esse atendimento, passa a ter, agora em julho, um reforço dos profissionais do Centro de Saúde Oswaldo Cruz.
“Esse é um problema gigante, talvez o maior que a cidade tem hoje, por isso estamos investindo em uma ação coordenada para dar atendimento e tratar essas pessoas que estão em sofrimento e garantir a elas condições dignas de vida”, afirma o secretário.